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Abstract
(Com)viver com quem foge às normas de gênero não parece tarefa fácil, muito menos livre de conflitos, e é sobre isso que versa tal artigo, que apresenta um relato de experiência, fruto de um trabalho desenvolvido por um acadêmico do Curso de Psicologia de uma instituição do Ensino Superior do Vale do Itajaí (SC). Tal experiência foi fruto de um projeto de extensão que ocorreu no colégio de ensino médio da mesma instituição. O objetivo deste, estava centrado em levantar discussões neste espaço escolar, no que se refere aos sujeitos que fogem às normas de gênero em função de esclarecer e ou expandir conhecimentos quanto ao tema. Para isso teve como metodologia norteadora a roda de conversas, que ocorreu tanto com os docentes em período de formação continuada, assim como os discentes em seus grupos escolares. Vale ressaltar que neste caso vamos tratar do momento de diálogo com os discentes. A isso torna-se importante reiterar a importância da Psicologia neste contexto, em função de ter sido pautado no acolhimento e escuta qualificada das demandas, de modo a fazer um movimento de inclusão e reflexão de tudo que circunda aos que fogem à norma de gênero, assim como a todos que os rodeiam. Propomos neste sentido, tratar de temas como identidade de gênero, afetividade, sexualidade e teoria queer, pois estes são de suma importância para a abertura de consciência, quebra de preconceitos e de normativas que já estão postas, são reproduzidas e reiteradas em discursos e práticas médicas, jurídicas e terapêuticas e por vezes educacionais. Tal experiência assegura a necessidade em se compreender que a aprendizagem perpassa o bem estar e aceitação do (com)-viver com todas as variáveis que a sociedade, e por conseguinte, a escola possui.