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Abstract
O Ensino Superior apresenta aos estudantes experiências ricas, mas também desafiadoras e as dificuldades vivenciadas pelos ingressantes neste novo nível de ensino podem se associar ao baixo rendimento acadêmico, às reprovações, aos atrasos na finalização do curso, ao adoecimento e à evasão. O ensino remoto emergencial, adotado diante da pandemia de COVID-19, trouxe novos desafios aos alunos e às instituições. O objetivo deste estudo é analisar as dificuldades vivenciadas por ingressantes de uma universidade pública na transição para o Ensino Superior no contexto do ensino remoto emergencial após oito semanas de aulas. Trata-se de uma investigação qualitativa com 16 ingressantes, com idades entre 17 a 27 anos (M=19,8, DP= 3,34), 56% do sexo masculino e 31% se autodeclaram negros. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas e o tratamento dos dados foi realizado pela análise de conteúdo temática. Os resultados indicaram que um quarto das dificuldades vivenciadas na transição para o Ensino Superior referem-se às condições de ensino e à mediação pedagógica, além das adversidades nas condições de estudo e aprendizagem, na regulação emocional, nas interações sociais e na carreira. Os resultados revelaram que as variáveis pessoais, pedagógicas e contextuais influenciam a transição dos estudantes para o Ensino Superior. E as ações voltadas à promoção do sucesso acadêmico dos estudantes devem atentar-se para o desenvolvimento profissional docente, para a autorregulação da aprendizagem e para os serviços de apoio aos estudantes.