{"title":"Das vozes fetichizadas ao diálogo intergeracional: desafios da pesquisa com crianças na América Latina","authors":"Andrea Szulc, Paülah Shabel","doi":"10.54948/desidades.v1i38.64385pt","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A investigação social sobre a infância desenvolveu-se vigorosamente nas últimas décadas na América Latina e registou progressos no reconhecimento, na visibilidade e na análise das formas como as crianças participam ativamente e dão sentido à vida social em cada um dos seus contextos. No entanto, “dar voz” às crianças tornou-se um imperativo que muitas vezes bloqueia a reflexão mais profunda sobre a complexidade que isso implica, produzindo uma fetichização que separa essas vozes dos seus contextos e das estruturas sociais de desigualdade em que se inserem. Aqui desdobramos algumas chaves conceituais para aprofundar o debate sobre essas vozes a partir das contribuições da antropologia, epistemologia, feminismos, teorias decoloniais e queer/cuir, que se unem em uma análise urgente diante do avanço das direitas regionais. Por fim, apresentamos brevemente os artigos que compõem a seção temática.","PeriodicalId":151596,"journal":{"name":"DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude","volume":"4 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54948/desidades.v1i38.64385pt","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A investigação social sobre a infância desenvolveu-se vigorosamente nas últimas décadas na América Latina e registou progressos no reconhecimento, na visibilidade e na análise das formas como as crianças participam ativamente e dão sentido à vida social em cada um dos seus contextos. No entanto, “dar voz” às crianças tornou-se um imperativo que muitas vezes bloqueia a reflexão mais profunda sobre a complexidade que isso implica, produzindo uma fetichização que separa essas vozes dos seus contextos e das estruturas sociais de desigualdade em que se inserem. Aqui desdobramos algumas chaves conceituais para aprofundar o debate sobre essas vozes a partir das contribuições da antropologia, epistemologia, feminismos, teorias decoloniais e queer/cuir, que se unem em uma análise urgente diante do avanço das direitas regionais. Por fim, apresentamos brevemente os artigos que compõem a seção temática.