{"title":"Paralaxe e summum bonum: resolução modal para o problema da constituição do sumo Bem","authors":"Francisco Salgado Maia","doi":"10.5209/kant.94865","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Kant estabelece como objeto último da razão prática aquilo a que chama summum bonum – a determinação teleológica absoluta constituída pela efetivação de um reino dos fins no qual a felicidade é distribuída em proporção com a moralidade dos agentes. Esta ligação entre felicidade e moralidade levanta problemas a quem esteja familiarizado com a deontologia de Kant: como pode a moralidade, que tem de ser autónoma e auto-suficiente, estar necessariamente ligada à felicidade tão desdenhada pela doutrina moral kantiana? Neste artigo far-se-á um levantamento dos elementos constitutivos na dedução do sumo Bem, procurar-se-á avaliar onde se encontram possíveis falhas de Kant no tocante a este objeto, e oferecer-se-á a possibilidade de uma nova compreensão da ligação entre a moralidade e a felicidade no sumo Bem, através da noção de paralaxe enquanto modalidade perspética.","PeriodicalId":504999,"journal":{"name":"Con-Textos Kantianos. International Journal of Philosophy","volume":"6 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Con-Textos Kantianos. International Journal of Philosophy","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5209/kant.94865","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Kant estabelece como objeto último da razão prática aquilo a que chama summum bonum – a determinação teleológica absoluta constituída pela efetivação de um reino dos fins no qual a felicidade é distribuída em proporção com a moralidade dos agentes. Esta ligação entre felicidade e moralidade levanta problemas a quem esteja familiarizado com a deontologia de Kant: como pode a moralidade, que tem de ser autónoma e auto-suficiente, estar necessariamente ligada à felicidade tão desdenhada pela doutrina moral kantiana? Neste artigo far-se-á um levantamento dos elementos constitutivos na dedução do sumo Bem, procurar-se-á avaliar onde se encontram possíveis falhas de Kant no tocante a este objeto, e oferecer-se-á a possibilidade de uma nova compreensão da ligação entre a moralidade e a felicidade no sumo Bem, através da noção de paralaxe enquanto modalidade perspética.