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Abstract
O texto discute os desafios metodológicos de envolver homens que fazem sexo com homens e com mulheres (HSHMs) nas pesquisas, apontados nos estudos sobre comportamento sexual e epidemia do HIV/aids como fugidios a pesquisadories. Embasado em pesquisa na Região Metropolitana do Recife, argumentamos que a dificuldade está relacionada à operacionalização dos próprios conceitos que orientam o olhar para os territórios onde homens com práticas homossexuais transitam – sociabilidade, região moral, gueto e comunidade – e a facilidade que alguns dos territórios oferece para es pesquisadories realizarem sua tarefa. Do mesmo modo, a nomeação homossexual, presente em termos de consentimento esclarecido, roteiros de entrevista e questionários, pode afastar os HSHMs das pesquisas, que, como mostra nossa etnografia, são descritos como simpatizantes, e se percebem como entendidos, o que os capacita a se engajarem na curtição.