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Abstract
Dentre as principais preocupações de familiares e professores de crianças que ingressam na escola, a alfabetização se destaca, e seu processo de aprendizagem pressupõe o envolvimento com uma língua. De modo geral, a aquisição linguística não costuma representar uma preocupação como representam as habilidades de leitura e escrita de crianças. Quando percebida, a surdez passa a ser compreendida como uma deficiência impeditiva e não como uma experiência que possibilita uma forma de comunicação diferente, levando a implicações na aquisição linguística e suas consequências. Assim, os responsáveis pela criança surda costumam se ocupar da alfabetização da criança, ignorando que, para alfabetizar, é necessário haver uma língua minimamente estabelecida. Partindo dos pressupostos teóricos da translinguagem e utilizando o conceito de língua de acolhimento, este artigo objetiva discutir possíveis formas de atender às questões linguísticas de crianças surdas considerando as condições educacionais brasileiras. Desse modo, realiza-se um breve mapeamento das políticas públicas focadas na educação de surdos vigentes no Brasil para pensar um ambiente escolar capaz de acolher a diversidade linguística de sinalizantes e de promover seu desenvolvimento respeitando suas condições. A partir da discussão desenvolvida, mostra-se conveniente o incentivo de ambientes educacionais bilíngues bimodais, que não se limitem apenas ao público surdo, mas que acolham outros perfis de diversidade linguística.