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Abstract
Instigada pelas questões sobre o que pode a formação em dança? e o que podem as práticas somáticas? esta pesquisa dedicou-se a analisar as relações entre a Somática e a Dança e os possíveis cruzamentos entre os campos. Apesar do crescente corpus de pesquisa sobre o tema nas últimas décadas ainda é importante questionar: como a Somática vem se desenvolvendo, considerando tanto o âmbito de pesquisadores e suas práticas, quanto o ambiente académico? Quais as formações em Dança consideram o campo somático em seu ensino-aprendizagem? Qual é a importância deste cruzamento?
Desta forma, a pesquisa da qual faz parte este artigo visou analisar as práticas somáticas na formação em Dança, em contexto de ensino superior, tendo como referência as cidades de Lisboa e do Rio de Janeiro, nomeadamente, os cursos de Licenciatura em Dança da Escola Superior de Dança (ESD) e da Faculdade de Motricidade Humana (FMH), em Portugal, e os cursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade Angel Vianna (FAV), no Brasil. De forma geral, notou-se que as quatro instituições de ensino tecem diferentes relações com a Somática. Observou-se que uma determinada perceção é reforçada por mais de uma instância. Cada escola funciona como um ecossistema que cria e perpetua conceções de corpo e de dança.
Neste artigo, será apresentada uma breve contextualização da institucionalização da formação em dança nos dois países, culminando no trabalho de duas mulheres cujas obras e teorias balizaram o ensino-aprendizagem em sua relação com as práticas somáticas em duas das instituições supracitadas: Jocelyne Delimbeuf [1949-2012] na FMH e Angel Vianna [1928-presente] na FAV. As ideias, teorias ou metodologias desenvolvidas por Delimbeuf e Vianna tornaram-se referenciais metodológicos destas instituições tecendo relações diretamente com o campo somático.