{"title":"O professor de Educação Física como interlocutor qualificado no paradigma da comunicação","authors":"Clovis Brito, Rui Trindade","doi":"10.46642/efd.v29i313.7471","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo, realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, teve como objetivo indicar o professor de Educação Física como Interlocutor Qualificado. Para alcançar tal propósito, o texto discorre e mostra algumas diferenças entre dois paradigmas pedagógicos: um tradicional, o da Instrução; e outro com uma perspectiva socioculturalista, o da Comunicação. Dentro de cada paradigma o professor, o aluno, o saber e o patrimônio cultural são percebidos de maneiras diferentes. No Paradigma da Instrução, com um viés normativo, o professor e o saber são os protagonistas, enquanto o aluno é coadjuvante no processo pedagógico. O professor de Educação Física, neste paradigma, além de ser aquele que julga, avalia, classifica, seleciona e pune, é um instrutor e transmissor do conhecimento, enfatizando gestos técnicos descontextualizados de uma prática não significativa para os alunos. No Paradigma da Comunicação o professor é um Interlocutor Qualificado e não existem protagonistas, mas coprotagonistas. Docente, aluno e saber realizam um movimento de interação e comunicação no qual os três são figuras essenciais no processo pedagógico. Conclui-se o texto indicando que o professor de Educação Física – que utiliza diferentes práticas corporais tematizadas tais como esportes, danças, lutas, entre outras – pode ser Interlocutor Qualificado desde que rompa com uma proposta autoritária, meritocrata, apenas organizando e mediando atividades que ignoram os alunos e o patrimônio cultural, e atue efetivamente como um professor democrático, reflexivo, colaborativo, incentivando, negociando e estabelecendo condições para que os estudantes ampliem suas capacidades de aprendizagem a nível motor, cognitivo, social e afetivo.","PeriodicalId":123637,"journal":{"name":"Lecturas: Educación Física y Deportes","volume":"33 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lecturas: Educación Física y Deportes","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46642/efd.v29i313.7471","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente artigo, realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, teve como objetivo indicar o professor de Educação Física como Interlocutor Qualificado. Para alcançar tal propósito, o texto discorre e mostra algumas diferenças entre dois paradigmas pedagógicos: um tradicional, o da Instrução; e outro com uma perspectiva socioculturalista, o da Comunicação. Dentro de cada paradigma o professor, o aluno, o saber e o patrimônio cultural são percebidos de maneiras diferentes. No Paradigma da Instrução, com um viés normativo, o professor e o saber são os protagonistas, enquanto o aluno é coadjuvante no processo pedagógico. O professor de Educação Física, neste paradigma, além de ser aquele que julga, avalia, classifica, seleciona e pune, é um instrutor e transmissor do conhecimento, enfatizando gestos técnicos descontextualizados de uma prática não significativa para os alunos. No Paradigma da Comunicação o professor é um Interlocutor Qualificado e não existem protagonistas, mas coprotagonistas. Docente, aluno e saber realizam um movimento de interação e comunicação no qual os três são figuras essenciais no processo pedagógico. Conclui-se o texto indicando que o professor de Educação Física – que utiliza diferentes práticas corporais tematizadas tais como esportes, danças, lutas, entre outras – pode ser Interlocutor Qualificado desde que rompa com uma proposta autoritária, meritocrata, apenas organizando e mediando atividades que ignoram os alunos e o patrimônio cultural, e atue efetivamente como um professor democrático, reflexivo, colaborativo, incentivando, negociando e estabelecendo condições para que os estudantes ampliem suas capacidades de aprendizagem a nível motor, cognitivo, social e afetivo.