Elisangela Cristina da Silva Costa, Cristiane Soares dos Santos, Jaciely Gabriela Melo da Silva, Patrícia Pereira Gomes
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Abstract
As Unidades de Conservação são espaços naturais delimitados e instituídos pelo poder público, com características ambientais relevantes, objetivando a conservação ambiental. Os recursos financeiros e humanos, além da burocracia na gestão destas áreas, dificultam os cumprimentos das funções ecológicas e sociais desses ecossistemas. O trabalho voluntário nestas unidades pode, portanto, favorecer a democratização da gestão destas áreas, envolvendo a população na conservação dos recursos naturais de forma consciente e espontânea. O objetivo deste estudo foi avaliar a interface da implementação do programa de voluntariado nas Unidades de Conservação de Minas Gerais, a partir da análise do perfil e satisfação dos voluntários. A realização deste estudo foi feita por meio de pesquisa qualitativa-descritiva, com interpretação e descrição dos dados observados. Observou-se que o Parque Estadual do Rio Doce e o Parque Estadual Mata do Limoeiro foram os que se destacaram com o maior número de voluntários inscritos, seguidos do Parque Estadual do Ibitipoca. Os resultados mostraram os diferentes perfis dos voluntários que participaram efetivamente dos programas, sendo a maioria formada por pessoas jovens, em especial estudantes universitários e profissionais das áreas de ciências ambientais ou sociais. Observou-se também que a participação da comunidade do entorno dos parques ainda é muito baixa. Sendo assim, é possível inferir que os programas de voluntariado em Unidades de Conservação geram impactos positivos nas dimensões ambientais, sociais, econômicos, tanto para as Unidades de Conservação quanto para as comunidades do entorno. Além disso, esses programas podem promover a inserção da sociedade na gestão das unidades bem com sua aproximação com o meio ambiente e comunidades locais, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável dessas áreas.