T. Teles, M. Vasconcelos, Igor M. Oliveira, P. J. Bittencourt, Artur Vinícius Ferreira dos Santos, Paulo Alves de Melo, Kellem Cristina Prestes Melo, Romulo Luiz Oliveira da Silva
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Abstract
A Comunidade Quilombola Abacatal é o remanescente de quilombo mais próximo da capital do estado do Pará, Belém. Por muitos anos, a população de Abacatal enfrenta o conflito para o reconhecimento de suas terras como uma unidade de conservação ambiental. Sem uma proteção legal, a comunidade teve seu território inserido na expansão metropolitana da capital paraense, e suas terras passaram por grandes tensões de exploração do solo por empresas. Pensando nisso, este trabalho objetivou detectar possíveis alterações ocorridas na cobertura do solo na comunidade, visando identificar as relações entre os processos de evolução da paisagem e organização da comunidade diante os impactos ambientais gerados. Para isso, uma análise da cobertura do solo foi conduzida através de dados do Sistema de Informação Geográfica. Além disso, buscou-se entender, através um questionário aplicado na comunidade, as mudanças na condição socioeconômica e cultural da comunidade após as alterações ambientais. Os resultados mostram notável mudança na paisagem da comunidade e no entorno dela em um período de 32 anos, como a perda da cobertura vegetal natural que deu lugar às áreas antropizadas. O instrumento de sondagem mostrou, entre outras coisas, que a fonte de renda dos quilombolas passou essencialmente da agricultura familiar para empregos formais na cidade. Conclui-se que as diversas ações antrópicas foram vetores de intensas mudanças no território de Abacatal, nas quais geraram diversos danos ambientais, socioeconômicos e de saúde para quem vive na comunidade. As reflexões apresentadas constituem elementos importantes para compreensão e planejamento futuros de projetos de conservação ambiental na APA Belém e na UC de Abacatal.