Caio Henrique Leite Oliveira Melo, Carla Souza dos Anjos, Carla Eduarda Silva da Fonseca, Julye Larisse Lemos Melo, Claude Marise Dos Santos Silva, Thayse Gomes de Almeida
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Abstract
A violência sexual é qualquer ato sexual ou tentativa de ato não desejado praticado por qualquer pessoa. Considerando essa premissa, o presente estudo justificou-se pela multidisciplinaridade do tema e necessidade de melhores estratégias de enfrentamento. Objetivou descrever o perfil epidemiológico da violência sexual sofrida pela mulher, em ambiente doméstico, no estado de Alagoas, entre 2012-2022. É um estudo epidemiológico, exploratório, descritivo de análise retrospectiva com base documental de abordagem quantitativa de dados secundários disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Entre o período de 2012-2022, foram notificados 3.953 casos de violência sexual contra mulheres em Alagoas. Destes, 47,50% corresponderam a indivíduos na faixa etária entre 10 a 14 anos. O ano de 2022 registrou o maior quantitativo, com 799 casos. Em 2022 foi registrada a média de 114,4 casos, apresentando crescimento de 633% no período analisado. A raça/cor apontou que os casos são mais recorrentes em mulheres pardas. O principal agressor foi o “padrasto”, destacando, também, figuras femininas, como mãe e madrasta. Destarte, os dados refletem a necessidade da implementação de políticas públicas na atenção integral à saúde da mulher, além da capacitação dos profissionais de saúde no acolhimento à vítima de violência sexual.