Ana Carolina Valeriote de Oliveira Coelho, Lucas Guilherme Fernandes
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Abstract
A partir de uma experiência de estágio supervisionado, o presente trabalho objetiva refletir sobre a práxis do psicólogo no CRAS e compará-la com outras discussões já presentes na literatura. Por meio de uma abordagem qualitativa e uma análise documental, identifica-se discrepâncias entre as recomendações da literatura e a inserção da psicologia nos dispositivos, sendo elas: a) atendimento realizado de forma mecânica e superficial; b) manejo de acolhimento insuficiente; c) déficit nas interações inter-equipe, gerando falhas na comunicação e comprometendo os serviços prestados; d) excesso de burocracia aplicada ao trabalho do profissional de psicologia, gerando pouca participação em atividades socioeducativas e de caráter intergeracional; e, por fim, e) uma gestão insuficiente na unidade que dificulta não só a atuação do psicólogo, como de toda equipe. Portanto, conclui-se que é necessário promover uma reflexão crítica acerca dessas disparidades, investindo na qualificação dos psicólogos e dos funcionários que compõem a equipe administrativa dos Centros de Referência, a fim de possibilitar o suporte dotado de compromisso ético-político aos usuários. Além disso, fortalecer a integração entre a formação acadêmica em psicologia daqueles que ainda estão nas instituições de ensino superior e as práticas desenvolvidas no CRAS é fundamental para aprimorar a qualidade dos serviços prestados.