Valmir Manoel Mendes Junior, Mauro Alexandre Farias Fontes, W. Viana
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Abstract
Antes da colonização, populações nativas do tronco linguístico Tupi habitavam a região litorânea da Paraíba, como, por exemplo, os Tabajara ao sul, os Potiguara ao norte e os Cariri em direção ao semiárido. Outras populações, como os Goitacazes, Aimorés e Tremembés ocupavam áreas costeiras, chamadas de Tapuias pelos Tupis. No século XVII, colonos europeus chegaram à Paraíba, inicialmente para proteger a região contra invasões francesas exploradoras de pau-brasil e depois para desenvolver a indústria açucareira, além da agricultura e pecuária no agreste e sertão. Caaporã, habitada por grupos Tabajara e Potiguara, foi palco de encontros entre portugueses e indígenas no século XVI, com disputas territoriais. A introdução do trabalho escravo africano fortaleceu a produção açucareira na região. Caaporã se tornou município por volta de 1768, com a construção de moradias ao longo da estrada que ligava Goiânia às praias de Pitimbu e Acaú (litoral paraibano). Este artigo objetivou apresentar os resultados do programa de resgate no sítio Taquara I, em Caaporã, buscando a aquisição de informações e produção a conhecimento sobre os processos de ocupação do Nordeste brasileiro por meio da cultura material. Os achados, no sítio Taquara I, incluem vestígios pré-coloniais e coloniais, como fragmentos de cerâmica tupi e louças faianças portuguesas, que remontam, respectivamente, desde o período pré-colonial aos séculos XVI ao XIX.