{"title":"persona elegíaca e a sinceridade em Propércio","authors":"Laura Danielly de Souza Couto","doi":"10.25187/codex.v11i2.58908","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo se propõe a discutir a construção da persona elegíaca em Propércio, partindo do entendimento de o que seria o amor elegíaco e de como os poetas elegíacos possuíam uma elaboração sistemática para cantar sobre este sentimento. Para que este sistema funcionasse dois personagens eram basilares: o amante apaixonado e uma amada, aqui, Propércio e Cíntia, respectivamente. A criação destes personagens resulta no que Paul Veyne apresenta como “jogo elegíaco”, este jogo ancora-se fundamentalmente na noção de persona e principalmente na verossimilhança e na sinceridade retórica. Portanto, o jogo elegíaco é pautado pela relação ambígua entre o que parece ser real e o que certamente é ficcional, e isto se configura unicamente como uma questão de estilo necessária para que a sistemática do amor elegíaco vigorasse. Dessa forma, tanto Propércio como Cíntia podem ser lidos como personae e artifício poético.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"250 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i2.58908","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo se propõe a discutir a construção da persona elegíaca em Propércio, partindo do entendimento de o que seria o amor elegíaco e de como os poetas elegíacos possuíam uma elaboração sistemática para cantar sobre este sentimento. Para que este sistema funcionasse dois personagens eram basilares: o amante apaixonado e uma amada, aqui, Propércio e Cíntia, respectivamente. A criação destes personagens resulta no que Paul Veyne apresenta como “jogo elegíaco”, este jogo ancora-se fundamentalmente na noção de persona e principalmente na verossimilhança e na sinceridade retórica. Portanto, o jogo elegíaco é pautado pela relação ambígua entre o que parece ser real e o que certamente é ficcional, e isto se configura unicamente como uma questão de estilo necessária para que a sistemática do amor elegíaco vigorasse. Dessa forma, tanto Propércio como Cíntia podem ser lidos como personae e artifício poético.