Rafael Freier, José Vinicius Costa Filho, Reginaldo Hugo Szezupior dos Santos
{"title":"RECOMENDAÇÕES DOS ÓRGÃOS INTERNACIONAIS SOBRE EDUCAÇÃO","authors":"Rafael Freier, José Vinicius Costa Filho, Reginaldo Hugo Szezupior dos Santos","doi":"10.61803/g9m3ab21","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os órgãos mundiais dedicados à educação desempenham um papel crucial no desenvolvimento educacional global, especialmente em países subdesenvolvidos, com o pretenso objetivo de melhorar o acesso, a qualidade e a equidade. Porém, muitas vezes as recomendações dessas organizações, como é o caso do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, refletem interesses dos países-membros, principalmente no sentido da manutenção das relações sociais capitalistas e do status quo econômico. As recomendações desses órgãos internacionais comumente focam em uma educação unilateral, voltada para o trabalho, com ênfase no ensino técnico e na formação de mão de obra especializada para impulsionar a industrialização, logo não promove o desenvolvimento integral dos indivíduos. Uma alternativa a essa realidade é a formação omnilateral, que busca formar cidadãos completos com competências em múltiplas áreas do conhecimento, preparando-os para serem mais do que meros trabalhadores, mas também cidadãos responsáveis e participativos. Diante do exposto, a presente pesquisa discute a intersecção entre as recomendações de órgãos mundiais, a formação voltada para o trabalho, a formação omnilateral e as políticas educacionais implementadas no Brasil. A pesquisa é qualitativa e se utiliza das ferramentas de revisão bibliográfica e análise documental. Os principais achados apontam que no Brasil muitas das recomendações externas para intervir na educação foram em algum momento acatadas, contudo persistem iniciativas antagônicas a essas sendo desenvolvidas, como é o caso da Educação Profissional e Tecnológica com o ensino omnilateral. Esta pesquisa contribui para agenda que debate, de forma crítica, a política de educação no Brasil.","PeriodicalId":505825,"journal":{"name":"Profiscientia","volume":"34 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Profiscientia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.61803/g9m3ab21","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Os órgãos mundiais dedicados à educação desempenham um papel crucial no desenvolvimento educacional global, especialmente em países subdesenvolvidos, com o pretenso objetivo de melhorar o acesso, a qualidade e a equidade. Porém, muitas vezes as recomendações dessas organizações, como é o caso do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, refletem interesses dos países-membros, principalmente no sentido da manutenção das relações sociais capitalistas e do status quo econômico. As recomendações desses órgãos internacionais comumente focam em uma educação unilateral, voltada para o trabalho, com ênfase no ensino técnico e na formação de mão de obra especializada para impulsionar a industrialização, logo não promove o desenvolvimento integral dos indivíduos. Uma alternativa a essa realidade é a formação omnilateral, que busca formar cidadãos completos com competências em múltiplas áreas do conhecimento, preparando-os para serem mais do que meros trabalhadores, mas também cidadãos responsáveis e participativos. Diante do exposto, a presente pesquisa discute a intersecção entre as recomendações de órgãos mundiais, a formação voltada para o trabalho, a formação omnilateral e as políticas educacionais implementadas no Brasil. A pesquisa é qualitativa e se utiliza das ferramentas de revisão bibliográfica e análise documental. Os principais achados apontam que no Brasil muitas das recomendações externas para intervir na educação foram em algum momento acatadas, contudo persistem iniciativas antagônicas a essas sendo desenvolvidas, como é o caso da Educação Profissional e Tecnológica com o ensino omnilateral. Esta pesquisa contribui para agenda que debate, de forma crítica, a política de educação no Brasil.