MÉTODO ARQUEOLÓGICO EM ANGELA DAVIS E BELL HOOKS PARA A CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS DECOLONIAIS

Bruna Lessa, Maria Luiza Ferreira Crosara
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Abstract

Este artigo tem como objetivo destacar o impacto da metodologia da pesquisa arqueológica nas obras de Angela Davis (2016) e bell hooks (2023), respectivamente, “Mulher, Raça e Classe”, e “E eu não sou uma Mulher? Mulheres negras e feminismo”, que buscam reexaminar, de modo imersivo, a experiência e luta contra a violência da escravidão na história de mulheres negras. As intelectuais feministas negras estadunidenses abrem as portas para um pensamento científico menos tolerante à misoginia, ao racismo, e outras formas de violências relacionais e institucionais, de modo a romper com a tradição da historiografia positivista. Trata-se de uma pesquisa documental, que contempla a análise crítica das referidas obras, com base no método filosófico pautado na investigação histórica de Michel Foucault (2008). Ressalta-se, então, a importância do reconhecimento dessas literaturas enquanto estimadas representantes e invasoras da arqueologia do saber, e a relevância de novas produções que possibilitem uma representação social coerente com a realidade dos discursos sobre a mulher negra, contribuindo para uma narrativa histórica contada pela pessoa oprimida, no intuito de abrir frestas para o efetivo rompimento com as epistemologias que legitimam e favorecem sistemas de opressão. Por meio de uma arqueologia da escravidão, para além das formações discursivas coloniais das práticas econômicas, políticas e sociais, as filósofas exploram as interconexões entre diferentes narrativas, revelando a complexa teia que sustenta as relações de poder, e como a marginalização é perpetuada. A conclusão direciona para a importância de reconhecer e valorizar as experiências das mulheres negras, destacando a necessidade de dar voz a essas narrativas historicamente silenciadas.
安吉拉-戴维斯和贝尔-霍克斯的考古学方法对构建非殖民化叙事的启示
本文旨在强调考古学研究方法对安吉拉-戴维斯(Angela Davis,2016 年)和贝尔-胡克斯(Bell hooks,2023 年)作品的影响,这两部作品分别是《女人、种族与阶级》和《我不是女人?黑人妇女与女权主义》,试图以一种身临其境的方式重新审视黑人妇女历史上反抗奴隶制暴力的经历和斗争。美国黑人女权主义知识分子打开了科学思维的大门,不再容忍厌女症、种族主义以及其他形式的关系暴力和制度暴力,以打破实证主义史学的传统。这是一项文献研究,包括对上述著作的批判性分析,以米歇尔-福柯(Michel Foucault,2008 年)的历史研究哲学方法为基础。它强调了认识到这些文学作品作为知识考古学的受人尊敬的代表和入侵者的重要性,以及新作品的相关性,这些作品使社会表述与有关黑人妇女的现实论述相一致,有助于由被压迫者讲述历史叙事,目的是打开裂缝,有效地打破使压迫制度合法化和有利于压迫制度的认识论。通过对奴隶制的考古,超越经济、政治和社会实践的殖民话语形式,哲学家们探索了不同叙事之间的相互联系,揭示了维持权力关系的复杂网络,以及边缘化是如何延续的。结论指出了承认和重视黑人妇女经历的重要性,强调了为这些历史上被沉默的叙事发声的必要性。
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