{"title":"Ciências Sociais e Humanas e a hermenêutica no estudo da ‘portugalidade’","authors":"Vitor Cabral de Sousa","doi":"10.32813/2179-1120.2024.v17.n1.a979","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O desenvolvimento de uma metodologia, no quadro de uma investigação científica, pressupõe um bom conhecimento do campo onde ela é desenvolvida. No caso particular das Ciências Sociais e Humanas (CSH), em que se situa a nossa proposta, não é muito frequente a utilização de uma única metodologia, mas de metodologias compósitas. O que resulta da necessidade que se afigura, em cada momento, ao investigador, face aos problemas que vai enfrentando. \nEm problemáticas complexas e datadas – em que o rasto digital é escasso, pelo que é necessário consultar fontes primárias -, a hermenêutica interpretativa revela-se uma boa proposta a seguir. Pressupõe leituras exaustivas e comparações e desenvolvimento de eventuais novas teorias delas resultantes, para alem de convocar outro tipo de interpretações do mundo, com ajuda, por exemplo, da análise de conteúdo e de outras ferramentas. \nO pós-colonialismo, apesar de ter as suas debilidades, constituiu um momento para pulverizar categorias anteriormente consideradas canónicas e, por conseguinte, pouco questionáveis. A descolonização do conhecimento permitiu dar passos em frente, apesar de desestabilizar o mundo social. Que, não sendo reificado, não poderá gerar ele-próprio conhecimento reificado, mas dinâmico. \nNeste artigo, apresentamos a ‘portugalidade’ como caso prático de uma investigação assente, fundamentalmente, na hermenêutica.","PeriodicalId":393564,"journal":{"name":"Revista Ciências Humanas","volume":"32 23","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ciências Humanas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32813/2179-1120.2024.v17.n1.a979","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O desenvolvimento de uma metodologia, no quadro de uma investigação científica, pressupõe um bom conhecimento do campo onde ela é desenvolvida. No caso particular das Ciências Sociais e Humanas (CSH), em que se situa a nossa proposta, não é muito frequente a utilização de uma única metodologia, mas de metodologias compósitas. O que resulta da necessidade que se afigura, em cada momento, ao investigador, face aos problemas que vai enfrentando.
Em problemáticas complexas e datadas – em que o rasto digital é escasso, pelo que é necessário consultar fontes primárias -, a hermenêutica interpretativa revela-se uma boa proposta a seguir. Pressupõe leituras exaustivas e comparações e desenvolvimento de eventuais novas teorias delas resultantes, para alem de convocar outro tipo de interpretações do mundo, com ajuda, por exemplo, da análise de conteúdo e de outras ferramentas.
O pós-colonialismo, apesar de ter as suas debilidades, constituiu um momento para pulverizar categorias anteriormente consideradas canónicas e, por conseguinte, pouco questionáveis. A descolonização do conhecimento permitiu dar passos em frente, apesar de desestabilizar o mundo social. Que, não sendo reificado, não poderá gerar ele-próprio conhecimento reificado, mas dinâmico.
Neste artigo, apresentamos a ‘portugalidade’ como caso prático de uma investigação assente, fundamentalmente, na hermenêutica.