{"title":"O impacto da utilização do sistema SHaRe no treino de adaptação à prótese do membro superior: um estudo de caso","authors":"Inês Pinho, Helena Sousa, P. Portugal","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.721","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução Amputação é a perda parcial ou total de um membro que acarreta complicações físicas, psicológicas e sociais. Estima-se que em 2017 o número de amputações, apenas por causas traumáticas, tenha sido cerca de 57,7 milhões. Para além destas, a amputação pode também ser causada por fatores congénitos, infeções ou tumores. Independentemente da causa, a amputação altera o quotidiano de uma pessoa impactando a sua qualidade de vida. As amputações congénitas podem derivar de distúrbios genéticos, anormalidades cromossômicas ou exposições ambientais. A Federação Internacional das Sociedades de Cirurgia da Mão, adotou o sistema de classificação Oberg-Manske-Tonkin para poder categorizar todas as anomalias do membro superior em malformação, deformação e displasia. A adaptação à prótese do membro superior deve ser feita o mais rapidamente possível e existem várias opções, incluindo prótese cosmética, mioelétrica e híbrida. Uma vez que a adaptação é difícil e demorada pode-se pensar na utilização de ambientes virtuais para facilitar e motivar os utilizadores na adaptação à prótese. A literatura também indica que o uso de ambientes virtuais tem mostrado bons resultados quanto ao desempenho funcional. Objetivos O objetivo deste estudo foi explorar o impacto do biofeedback no treino de adaptação à prótese mioelétrica de membro superior usando o SHaRe System. Métodos Neste projeto microfocado num ator, foi utilizada uma abordagem multimetodológica, na qual foram integrados e analisados dados qualitativos e quantitativos. Uma entrevista semiestruturada e instrumentos standard, tais como a Medida de Independência Funcional e o Box and Blocks Test, foram utilizados para conduzir a avaliação. A intervenção foi realizada com recurso ao SHaRe System. Resultados O desempenho funcional e o controlo da força de preensão melhoraram após cinco semanas de intervenção. Foi obtida uma progressão de 62,50% nos resultados do Box and Blocks Test. Verificou-se uma diminuição das variações de força de preensão de 0,49 - 4,79kgf, na primeira semana, para valores de 0,24 - 3,07kgf, no final da intervenção. Descobriu-se, também, que o ambiente virtual foi um fator motivador durante o processo. Conclusões O biofeedback demonstrou efeitos positivos no treino de prótese mioelétrica de membro superior, revelando-se uma ferramenta inovadora na reabilitação de pacientes amputados.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.721","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução Amputação é a perda parcial ou total de um membro que acarreta complicações físicas, psicológicas e sociais. Estima-se que em 2017 o número de amputações, apenas por causas traumáticas, tenha sido cerca de 57,7 milhões. Para além destas, a amputação pode também ser causada por fatores congénitos, infeções ou tumores. Independentemente da causa, a amputação altera o quotidiano de uma pessoa impactando a sua qualidade de vida. As amputações congénitas podem derivar de distúrbios genéticos, anormalidades cromossômicas ou exposições ambientais. A Federação Internacional das Sociedades de Cirurgia da Mão, adotou o sistema de classificação Oberg-Manske-Tonkin para poder categorizar todas as anomalias do membro superior em malformação, deformação e displasia. A adaptação à prótese do membro superior deve ser feita o mais rapidamente possível e existem várias opções, incluindo prótese cosmética, mioelétrica e híbrida. Uma vez que a adaptação é difícil e demorada pode-se pensar na utilização de ambientes virtuais para facilitar e motivar os utilizadores na adaptação à prótese. A literatura também indica que o uso de ambientes virtuais tem mostrado bons resultados quanto ao desempenho funcional. Objetivos O objetivo deste estudo foi explorar o impacto do biofeedback no treino de adaptação à prótese mioelétrica de membro superior usando o SHaRe System. Métodos Neste projeto microfocado num ator, foi utilizada uma abordagem multimetodológica, na qual foram integrados e analisados dados qualitativos e quantitativos. Uma entrevista semiestruturada e instrumentos standard, tais como a Medida de Independência Funcional e o Box and Blocks Test, foram utilizados para conduzir a avaliação. A intervenção foi realizada com recurso ao SHaRe System. Resultados O desempenho funcional e o controlo da força de preensão melhoraram após cinco semanas de intervenção. Foi obtida uma progressão de 62,50% nos resultados do Box and Blocks Test. Verificou-se uma diminuição das variações de força de preensão de 0,49 - 4,79kgf, na primeira semana, para valores de 0,24 - 3,07kgf, no final da intervenção. Descobriu-se, também, que o ambiente virtual foi um fator motivador durante o processo. Conclusões O biofeedback demonstrou efeitos positivos no treino de prótese mioelétrica de membro superior, revelando-se uma ferramenta inovadora na reabilitação de pacientes amputados.