Belchior Ribeiro Leite, Leandro Silva de Paula, Jacks Richard de Paulo
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Abstract
Este artigo tem a finalidade de refletir sobre o conceito e as concepções históricas da cultura popular, bem como apontar alguns desafios e possibilidades de seu uso em âmbito escolar na contemporaneidade. Realizou-se uma revisão bibliográfica e consulta à legislação brasileira (1996, 2017), por meio de levantamento de artigos, documentos e livros de renomados autores, como Bakhtin (2010), Burke (2010), Santaella (2003), Canclini (2019), Pessoa (2018), Brasil (2017), Brasil (1996), entre outros. A pesquisa configurou-se de forma qualitativa e o conteúdo dos artigos, livros e documentos foram analisados de maneira crítica e interpretativa, alinhada à experiência docente dos autores. Os resultados revelaram que a prática da valorização da cultura popular em âmbito escolar é permeada por desafios, como por exemplo um currículo elitista que em muitas vezes acaba dificultado tal prática, pois acaba valorizando uma perspectiva monocultural, além disso quando trabalhado ocorre quase que somente em datas comemorativas e prioriza o conteúdo descontextualizado que contemple as avaliações em larga escala; dentre outros. Por outro lado, as novas tecnologias digitais se bem utilizadas poderão auxiliar as camadas subalternas a darem voz às suas experiências e os documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9.394/96 e a Base Nacional Comum Curricular que sinalizam uma autonomia às escolas, mesmo que limitada a trabalhar conteúdos das manifestações artísticas e culturais, no sentido de despertar nos estudantes o respeito à diversidade de saberes, identidade e culturas.