E. Krakhecke, Hélen de Oliveira Soares Jardim, D. Voss
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Abstract
O texto aborda a produção da metanarrativa sujeito mulher pelo pensamento moderno ocidental e colonialista, sob perspectiva teórico-epistemológica pluralista, recorrendo à teorização combinada dos conceitos desconstrução de Derrida, colonialidade/decolonialidade em Maldonado Torres e Quijano, estudos de gênero, realizados por Rago, Meyer, Hollanda, Chimamada, entre outras, e a Teoria Queer elaborada por Butler. Objetiva-se evidenciar a problematização da produção discursiva de um sujeito mulher ocidentalizado pela colonização e o colonialismo, calcados na captura dos corpos e na normalização de hierarquias de gênero. Os estudos de gênero e a Teoria Queer analisam as relações de poder assimétricas e os processos de subjetivação decorrentes da transversalização das diferenças de classe social, sexualidade, raça e etnia, trazendo à tona os movimentos feministas como acontecimentos históricos, sociais e políticos que advogam pela pluralidade das materialidades das existências de mulheres e as resistências forjadas no combate às expressões do machismo, sexismo e racismo. Assim, estas teorizações possibilitam desconstruir a naturalização dos modos de subjetivação gerados pelo pensamento moderno ocidental e colonialista. Evidenciam fissuras teórico-epistemológicas e políticas decoloniais produzidas por mulheres que se tornam mulheres ao forjar, coletivamente, a criação de epistemologias e pedagogias outras em múltiplos contextos sociais, políticos, culturais e científicos.