{"title":"Será que os Exames em Larga Escala no Brasil e em Portugal Requerem as Competências, Preconizadas Pelos Currículos?","authors":"D. Silva, Piedade Vaz-Rebelo, Cristina Canhoto","doi":"10.28976/1984-2686rbpec2023u11391166","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O curriculum de Portugal e Brasil determinam quais competências devem ser desenvolvidas nos alunos ao longo do ensino médio. Exames de larga escala em Portugal e no Brasil são aplicados há, pelo menos, duas décadas. Analisar a correspondência entre o que determinam os documentos oficiais, numa perspectiva de competências a serem desenvolvidas nos alunos, pela disciplina Biologia, em Portugal e no Brasil em relação ao que é solicitado em seus Exames Nacionais foi o objetivo deste estudo. Para isso, foi desenvolvido um estudo empírico de caráter documental, que se concentrou na análise do ENEM no Brasil e dos Exames Nacionais em Portugal. O corpo de análise foi constituído de perguntas formuladas para os exames realizados entre 2010 e 2016. A análise feita por esta pesquisa evidenciou a dificuldade no uso de questões de múltipla escolha para testar as diversas aptidões acadêmicas, havendo o predomínio das cognitivas com 86% e 85% nas fases 1 e 2, respectivamente, do Exame Nacional em Portugal e 96% nas provas do ENEM. Os exames em larga escala em Portugal e no Brasil não parecem muito adequados para promover a formação descrita nos documentos oficiais de ambos os países. Deixando evidente que não basta desenvolver competências nos estudantes através de estratégias de aprendizagem e adequação do currículo se os instrumentos de avaliação interna e externa não conseguem averiguar se estas competências estão sendo realmente desenvolvidas nos alunos.","PeriodicalId":506585,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u11391166","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O curriculum de Portugal e Brasil determinam quais competências devem ser desenvolvidas nos alunos ao longo do ensino médio. Exames de larga escala em Portugal e no Brasil são aplicados há, pelo menos, duas décadas. Analisar a correspondência entre o que determinam os documentos oficiais, numa perspectiva de competências a serem desenvolvidas nos alunos, pela disciplina Biologia, em Portugal e no Brasil em relação ao que é solicitado em seus Exames Nacionais foi o objetivo deste estudo. Para isso, foi desenvolvido um estudo empírico de caráter documental, que se concentrou na análise do ENEM no Brasil e dos Exames Nacionais em Portugal. O corpo de análise foi constituído de perguntas formuladas para os exames realizados entre 2010 e 2016. A análise feita por esta pesquisa evidenciou a dificuldade no uso de questões de múltipla escolha para testar as diversas aptidões acadêmicas, havendo o predomínio das cognitivas com 86% e 85% nas fases 1 e 2, respectivamente, do Exame Nacional em Portugal e 96% nas provas do ENEM. Os exames em larga escala em Portugal e no Brasil não parecem muito adequados para promover a formação descrita nos documentos oficiais de ambos os países. Deixando evidente que não basta desenvolver competências nos estudantes através de estratégias de aprendizagem e adequação do currículo se os instrumentos de avaliação interna e externa não conseguem averiguar se estas competências estão sendo realmente desenvolvidas nos alunos.