{"title":"“Destination Portugal”","authors":"Pedro Gentil-Homem","doi":"10.53681/c1514225187514391s.32.179","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A companhia aérea de bandeira TAP consolidou no imaginário nacional durante bastante tempo uma certa ideia de país evoluído, e como tal mais próximo das democracias europeias saídas da Segunda Guerra Mundial. Imagem essa assente numa (factual) ideia de segurança e avanço tecnológico que funcionou como antídoto para o atavismo que reinava à beira mar plantado - um pequeno motivo de orgulho nacional. A empresa, actualmente com quase oitenta anos de existência, atravessou muitos contextos socioculturais, tendo essa imagem flutuado umas vezes ao sabor e outras contra a corrente do regime. O presente artigo apresenta dois casos de estudo em design de comunicação de duas das maiores agências de publicidade à época em Nova Iorque, contrapondo duas imagens de Portugal muito distintas. Imagens criadas por “gringos” e “para gringos verem”1. Estes acontecimentos têm lugar num período importante da história do século XX português: a “Primavera Marcelista”, uma utopia propagandística que antecipava o “dobre a finados”2 do regime.","PeriodicalId":394078,"journal":{"name":"Convergences - Journal of Research and Arts Education","volume":"16 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Convergences - Journal of Research and Arts Education","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53681/c1514225187514391s.32.179","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A companhia aérea de bandeira TAP consolidou no imaginário nacional durante bastante tempo uma certa ideia de país evoluído, e como tal mais próximo das democracias europeias saídas da Segunda Guerra Mundial. Imagem essa assente numa (factual) ideia de segurança e avanço tecnológico que funcionou como antídoto para o atavismo que reinava à beira mar plantado - um pequeno motivo de orgulho nacional. A empresa, actualmente com quase oitenta anos de existência, atravessou muitos contextos socioculturais, tendo essa imagem flutuado umas vezes ao sabor e outras contra a corrente do regime. O presente artigo apresenta dois casos de estudo em design de comunicação de duas das maiores agências de publicidade à época em Nova Iorque, contrapondo duas imagens de Portugal muito distintas. Imagens criadas por “gringos” e “para gringos verem”1. Estes acontecimentos têm lugar num período importante da história do século XX português: a “Primavera Marcelista”, uma utopia propagandística que antecipava o “dobre a finados”2 do regime.