Rafael Queiroz, Allana Ladislau Prederigo, Letícia Soares Fernandes, Gustavo Falcão Santana, Mariangela Lima de Almeida
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Abstract
O conhecimento tem sido objeto de reflexão e estudo em várias áreas do saber, bem como elemento-chave nas grandes transformações enfrentadas pela humanidade. Assim, a autorreflexão, conforme aponta Jürgen Habermas refere-se a um processo de análise crítica e autorreflexiva realizado por indivíduos e pela sociedade como um todo. A autorreflexão também está associada ao desenvolvimento do entendimento crítico, o que permite que os sujeitos, de modo coletivo avaliem constantemente suas próprias ações e instituições em relação aos padrões de justiça, igualdade e compensação. Em termos mais amplos, a autorreflexão em Habermas está relacionada ao conceito de “espaço público” e à ideia de que uma sociedade saudável e democrática requer um diálogo público aberto e crítico, o que fundamenta a pesquisa-ação. Encontramos na pesquisa-ação uma abordagem que combina a investigação acadêmica com a ação prática para promover mudanças sociais, envolvendo a colaboração entre pesquisadores e membros da comunidade, visando gerar conhecimento relevante e aplicável às questões enfrentadas por estas. Perante o exposto, toma-se como objetivo principal tecer considerações acerca do conceito de autorreflexão para estratégia de produção de dados numa pesquisa-ação crítica. Trata-se de um relato de pesquisa que visa refletir acerca da autorreflexão incorporada na metodologia da pesquisa-ação, principalmente no tocante à formação continuada de profissionais da educação. Nesse contexto, acredita-se que, a partir da autorreflexão crítica tais profissionais possam constituir-se em uma comunidade autocrítica de pesquisadores que investigam suas concepções e ações, possibilitando outros/novos modos de conceber e produzir conhecimentos.