G. B. Shimocomaqui, Eliana Tiemi Masuda, Victoria Gouveia de Souza, Ana Karina de Sousa Gadelha, Ilana Eshriqui
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Abstract
OBJETIVO: Descrever a organização de ambulatórios especializados conforme o modelo Ponto de Atenção Secundária Ambulatorial (PASA), por meio da metodologia da Planificação de Atenção à Saúde. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, transversal que utilizou de dados secundários do projeto PlanificaSUS. O estudo foi realizado em 16 ambulatórios especializados na linha de cuidado materno infantil, distribuídos nas cinco regiões geográficas brasileiras. Um questionário estruturado foi utilizado para autoavaliação sobre a implantação de 12 parâmetros em dois momentos, 2019 e em 2020. Esses parâmetros são relacionados às funções assistencial, educacional e de supervisão previstas no modelo PASA. RESULTADOS: E m 2019, apenas 37,5% (6) dos ambulatórios apresentaram pelo menos um parâmetro concluído, sendo o de maior frequência o de equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar (concluído em 18,8% dos ambulatórios), relacionado à função assistencial. Nenhum parâmetro das funções educacional e de supervisão estavam concluídos nesse primeiro momento. Já em 2020, os parâmetros relacionados à função assistencial também apresentaram maior frequência, destacando-se a utilização do mesmo critério pelas equipes da atenção primária e dos ambulatórios para estratificação de risco (concluídos em 68,8% dos ambulatórios). Nas funções educacional e supervisional, os parâmetros de encontro entre as equipes da atenção primária e dos ambulatórios para o desenvolvimento da gestão de caso, promoção de capacitação integrada e o vínculo estreito de comunicação entre esses profissionais também aumentaram, identificando-se conclusão destes três parâmetros em 25%, 25% e 37,5% dos ambulatórios, respectivamente. CONCLUSÃO: A metodologia da Planificação proporcionou reflexão e discussão acerca da (re) reorganização do processo de trabalho e contribuiu para a mudanças de práticas de cuidado à saúde materno-infantil na Atenção Ambulatorial Especializada, de forma integrada com a atenção primária à saúde, na perspectiva das Redes de Atenção. Acredita-se que tais avanços potencializam o acesso e cuidado equitativo de gestantes e crianças de alto risco nas diferentes regiões geográficas brasileiras.