Joana Moscoso Teixeira de Mendonça, Flávio Rebustini, Ana Alice Freire de Sousa, Ilana Eshriqui, Daiana Bonfim, Letícia Yamawaka de Almeida
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Abstract
OBJETIVO: Investigar evidências de validade da estrutura interna da Escala de Avaliação da Necessidade de Cuidado em Saúde Mental (CuidaSM). MÉTODOS: Trata-se de um estudo de natureza psicométrica, que busca evidências adicionais de estrutura interna. A coleta de dados foi realizada em 11 unidades básicas de saúde que executam a metodologia da Planificação da Atenção à Saúde, distribuídas nas cinco regiões brasileiras. A versão preliminar da CuidaSM contendo um bloco autorreferido pelo usuário e outro avaliado por profissionais da atenção primária à saúde foi aplicada em usuários com 18 anos ou mais que compareceram às unidades básicas de saúde para consulta com profissional de nível superior. As técnicas de análise fatorial confirmatória e network analysis foram utilizadas para investigação das evidências de validade. Para os dados primários da análise fatorial confirmatória utilizou-se as cargas fatoriais e o poder preditivo do item (R2). Foram adotados seis índices de ajustamento do modelo e a confiabilidade foi aferida por três indicadores, por meio de bayesian estimation. RESULTADOS: Participaram do estudo 879 usuários. Pela análise fatorial confirmatória, as cargas fatoriais variaram de 0,43 a 0,99 e R2 de 0,19 a 0,98. Tanto os indicadores primários como os índices de adequação do modelo estabeleceram-se em níveis satisfatórios e consistentes. A network analysis apontou que os itens se associaram de forma adequada com seus pares respeitando as dimensões estabelecidas, o que indica, novamente, a sustentabilidade e estabilidade do modelo proposto. CONCLUSÕES: Os achados do estudo confirmam um modelo consistente e confiável do instrumento, por meio da combinação de técnicas. Considerando a relevância do uso de instrumentos sólidos na prática clínica, a CuidaSM se apresenta como uma ferramenta promissora para a gestão de base populacional e organização do cuidado em rede, alinhada às propostas da Planificação da Atenção à Saúde.