Catarina Brandão, Luiz Miguel Santiago, José Augusto Rodrigues Simões
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Abstract
Objetivo: Realizar a adaptação cultural e validação convergente da versão em português europeu da escala Multimorbidity Treatment Burden Questionnaire. Método: Após autorização do autor original realizou-se tradução, verificação da mais adaptada tradução e retro-tradução. Seguiu-se estudo observacional transversal em amostra de conveniência de pessoas com multimorbilidade (MM) pela aplicação da versão portuguesa, denominada Sobrecarga Terapêutica pela Multimorbilidade (STPM), com aplicação em dois momentos distintos. Obtiveram-se consentimento informado e informações de contexto dos respondentes como sexo, número autorrelatado de doenças e o Socio-Economic Deprivation Index (SEDI). Realizou-se estatística descritiva, inferencial e fatorial. Resultados: Numa amostra de 100 pessoas, 63% mulheres, a STPM mostrou boa confiabilidade (α=0,742) e correlação muito forte e significativa (ρ=0,916, p<0,001) entre os dois tempos de resposta. Na análise fatorial, três componentes representaram 58,3% da variância total. Verificou-se correlação negativa, muito fraca e não significativa (ρ=-0,117, p=0,246) entre o somatório do questionário e o valor de SEDI. O valor de STPM não variou significativamente segundo sexo (p=0,750), grupo etário (p=0,853), contexto familiar (p=0,745), nível de escolaridade (p=0,340) e rendimento mensal médio (p=0,177). Foi significativamente diferente a pontuação total STPM segundo o número de doenças, duas a quatro doenças 15,1±5,9 e mais do que quatro doenças 22,2±7,6, p<0,001. Discussão: A inexistência de instrumento em português europeu que permitisse saber as dificuldades terapêuticas de quem sofre de MM, sendo considerada importante, originou o presente trabalho. Permitirá ajudar a perceber alguns maus resultados. Conclusão: A versão portuguesa do questionário MTBQ é uma ferramenta útil, confiável e fiável, de curto tempo de resposta, de fácil compreensão independentemente do sexo, idade e nível de escolaridade.