{"title":"O problema da incoerência no direito público","authors":"Rodrigo Tostes de Alencar Mascarenhas","doi":"10.52028/tce-pa.v03i05.art01.rj","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo do presente trabalho é relativamente simples: chamar atenção para o elevado grau de incoerência do direito público brasileiro que tem (junto com outros fatores) levado a um grau de ineficácia da atuação estatal que é extremamente prejudicial à população. Composto por normas com origens, forças normativas e objetos distintos, o sistema jurídico carrega necessariamente (ao menos antes de ser “aplicado”) um grande volume de incoerências ou de contradições, ou, mais especificamente, de normas impondo ou proibindo comportamentos contraditórios; uma Lei “X” mandando fazer “A” enquanto outra Lei “Y” proíbe (ou, o que é mais comum, torna extremamente difícil) fazer “A”. Até um determinado grau a incoerência (ou a incoerência prima facie) faz parte do sistema jurídico de qualquer país, e encontrar solução para ela – ou seja, construir a coerência – é uma das tarefas ordinárias da área jurídica. Mas o grau de incoerência ou, sob outro ângulo, a incapacidade de obter um mínimo de coerência no direito público brasileiro tem gerado situações de paralisia dos entes públicos.","PeriodicalId":308407,"journal":{"name":"Revista da Procuradoria do Tribunal de Contas do Estado do Pará","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Procuradoria do Tribunal de Contas do Estado do Pará","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52028/tce-pa.v03i05.art01.rj","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo do presente trabalho é relativamente simples: chamar atenção para o elevado grau de incoerência do direito público brasileiro que tem (junto com outros fatores) levado a um grau de ineficácia da atuação estatal que é extremamente prejudicial à população. Composto por normas com origens, forças normativas e objetos distintos, o sistema jurídico carrega necessariamente (ao menos antes de ser “aplicado”) um grande volume de incoerências ou de contradições, ou, mais especificamente, de normas impondo ou proibindo comportamentos contraditórios; uma Lei “X” mandando fazer “A” enquanto outra Lei “Y” proíbe (ou, o que é mais comum, torna extremamente difícil) fazer “A”. Até um determinado grau a incoerência (ou a incoerência prima facie) faz parte do sistema jurídico de qualquer país, e encontrar solução para ela – ou seja, construir a coerência – é uma das tarefas ordinárias da área jurídica. Mas o grau de incoerência ou, sob outro ângulo, a incapacidade de obter um mínimo de coerência no direito público brasileiro tem gerado situações de paralisia dos entes públicos.