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Abstract
Este artigo se propõe a elaborar, a partir da formação do psicanalista e da política da psicanálise, a articulação entre os campos psicanalítico e da saúde mental. Para isso, parte-se do alerta de Freud quanto ao risco de a psicanálise figurar como uma técnica a mais, no rol das especialidades médicas, somado às questões colocadas por Franco Basaglia para a Psiquiatria e a Psicanálise. Compreende-se que tanto os questionamentos de Basaglia, quanto as justificativas dadas por Lacan em seu retorno a Freud, têm como possível elo o alerta quanto ao risco de reduzir o tratamento dispensado para sujeitos em situação de intenso sofrimento psíquico, bem como a formação ofertada no interior das instituições psicanalíticas, a um mero exercício de adequação social. Nesse sentido, indicamos ser a política do psicanalista, com seu radical compromisso com a perspectiva de não redução da Psicanálise à oferta de um tratamento que negue a condição de falta-a-ser do sujeito, uma perspectiva possível para situar o psicanalista frente ao aparelhamento das instituições, sejam as de saúde mental, sejam aquelas que atravessam a formação do psicanalista, como a Universidade e as Escolas de Psicanálise.