{"title":"Plantação de uma agrofloresta comunitária em uma Unidade de Saúde da Família no Semiárido Baiano","authors":"Marcely M. M. Oliveira, Marcos Costa Santos","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3799","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Unidade de Saúde da Família (USF) Argemiro, localizada em Juazeiro (BA), no Semiárido Nordestino, abarca três equipes de saúde e diversos pacientes diariamente, em um prédio sem estrutura para acolhimento adequado. Muitas vezes os pacientes precisam esperar em ambientes sem sombra. Aliado a isso, parcela da população encontra-se em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. É sabido e registrado na literatura que, ao longo da história, a humanidade beneficia-se do convívio com áreas verdes. Além disso, a existência de áreas verdes pode ajudar a produzir conforto térmico em áreas de maior calor, produzir alimentos e gerar ambientes de convívio. Surge daí a ideia de produzir uma agrofloresta comunitária na USF Argemiro. Métodos: O presente artigo é o relato de experiência de um médico residente sobre o processo de produção da agrofloresta entre 30 de julho de 2022 e 21 de dezembro de 2022. Resultados: A agrofloresta foi plantada ao longo de oito encontros, em conjunto com as equipes de saúde e com os usuários de serviço. Foram identificados desafios relacionados à distância, tipo de solo, falta de suporte técnico e grande demanda assistencial da própria unidade de saúde. No momento, a agrofloresta encontra-se sem o manejo adequado, embora a organização da equipe e da comunidade possa restaurar o bom andamento do projeto. Conclusões: A produção de uma agrofloresta demanda vários atores e organização. Desafios surgiram e foram superados de maneira coletiva, porém é um projeto facilmente replicável em diversas USF do Brasil de baixo custo material, com diversos benefícios à população adscrita, às equipes de saúde e ao meio ambiente em geral.","PeriodicalId":21274,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"22 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3799","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A Unidade de Saúde da Família (USF) Argemiro, localizada em Juazeiro (BA), no Semiárido Nordestino, abarca três equipes de saúde e diversos pacientes diariamente, em um prédio sem estrutura para acolhimento adequado. Muitas vezes os pacientes precisam esperar em ambientes sem sombra. Aliado a isso, parcela da população encontra-se em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. É sabido e registrado na literatura que, ao longo da história, a humanidade beneficia-se do convívio com áreas verdes. Além disso, a existência de áreas verdes pode ajudar a produzir conforto térmico em áreas de maior calor, produzir alimentos e gerar ambientes de convívio. Surge daí a ideia de produzir uma agrofloresta comunitária na USF Argemiro. Métodos: O presente artigo é o relato de experiência de um médico residente sobre o processo de produção da agrofloresta entre 30 de julho de 2022 e 21 de dezembro de 2022. Resultados: A agrofloresta foi plantada ao longo de oito encontros, em conjunto com as equipes de saúde e com os usuários de serviço. Foram identificados desafios relacionados à distância, tipo de solo, falta de suporte técnico e grande demanda assistencial da própria unidade de saúde. No momento, a agrofloresta encontra-se sem o manejo adequado, embora a organização da equipe e da comunidade possa restaurar o bom andamento do projeto. Conclusões: A produção de uma agrofloresta demanda vários atores e organização. Desafios surgiram e foram superados de maneira coletiva, porém é um projeto facilmente replicável em diversas USF do Brasil de baixo custo material, com diversos benefícios à população adscrita, às equipes de saúde e ao meio ambiente em geral.