{"title":"Cildo Meireles e a reforma do zero da economia","authors":"Victor Hermann","doi":"10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.203452","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O sistema monetário internacional deve passar por transformações radicais em virtude da concorrência de moedas digitais e da emergência de uma nova ordem multipolar. Em busca de propor um conceito alternativo de dinheiro, neste artigo revisitaremos as obras de Cildo Meireles que versam sobre o dinheiro, especialmente Zero Dólar (1978-1984), Zero Cruzeiro (1974) e Zero Real (2013), todas pertencentes ao projeto Inserções em circuitos antropológicos. O artista propõe uma reforma “do zero” da economia, em que são questionadas as relações entre moeda e matéria, entre confiança e reputação, entre criação e circulação de valor. Trata-se de uma utopia das trocas monetárias, irredutível à tirania financeira da especulação e do endividamento.","PeriodicalId":31329,"journal":{"name":"ARS","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ARS","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.203452","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O sistema monetário internacional deve passar por transformações radicais em virtude da concorrência de moedas digitais e da emergência de uma nova ordem multipolar. Em busca de propor um conceito alternativo de dinheiro, neste artigo revisitaremos as obras de Cildo Meireles que versam sobre o dinheiro, especialmente Zero Dólar (1978-1984), Zero Cruzeiro (1974) e Zero Real (2013), todas pertencentes ao projeto Inserções em circuitos antropológicos. O artista propõe uma reforma “do zero” da economia, em que são questionadas as relações entre moeda e matéria, entre confiança e reputação, entre criação e circulação de valor. Trata-se de uma utopia das trocas monetárias, irredutível à tirania financeira da especulação e do endividamento.