{"title":"QUANDO O TELETRABALHO JURÍDICO TEM HORA PARA ACABAR: MECANISMOS SIMBÓLICOS PARA A (DES)CONEXÃO NA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO","authors":"Fábio Lucas de Albuquerque Lima","doi":"10.24857/rgsa.v17n10-022","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: Neste artigo, analisa-se a rotina de (des)conexão do trabalho executado em casa por 13 advogados públicos federais no teletrabalho compulsório em Brasília, Distrito Federal, de março de 2020 a março de 2022, em 4 unidades jurídicas da Advocacia-Geral da União.
 
 Método: A pesquisa utilizou a metodologia qualitativa, com técnica de realização de entrevistas em profundidade. As entrevistas foram realizadas de outubro a dezembro 2022. Análise dos dados com análise de conteúdo segundo Bardin. Foi feita a codificação temática com auxílio do Atlas ti, versão 22, e depois a categorização em nível superior para enfim produzir a interpretação dos dados.
 
 Resultados e conclusão: Os resultados apontam que as demandas laborais podem interferir no ambiente familiar e alguns participantes da pesquisa eliciaram comportamentos ligados ao conceito do dress code e da delimitação de espaços para sinalizar momentos de trabalho e momentos de não-trabalho.
 
 Implicações da pesquisa: No ambiente familiar, há a necessidade de impor uma separação dos espaços-tempos de trabalho- descanso. Disso decorre a preocupação com o direito à desconexão do teletrabalhador. A concreção desse direito à desconexão não tem uma normatização explícita em rotinas e práticas a serem oficialmente adotadas.
 
 Originalidade/valor: A pesquisa sobre o assessoramento jurídico em teletrabalho compulsório no sentido de identificar a utilização de mecanismos simbólicos e não verbais de sinalização da conexão com o trabalho e a desconexão é de valor social importante para a compreensão do teletrabalho. No sentido da originalidade, não foi encontrada pesquisa sobre dress code e delimitação de espaços para o teletrabalho no setor da advocacia pública.
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Abstract
Objetivo: Neste artigo, analisa-se a rotina de (des)conexão do trabalho executado em casa por 13 advogados públicos federais no teletrabalho compulsório em Brasília, Distrito Federal, de março de 2020 a março de 2022, em 4 unidades jurídicas da Advocacia-Geral da União.
Método: A pesquisa utilizou a metodologia qualitativa, com técnica de realização de entrevistas em profundidade. As entrevistas foram realizadas de outubro a dezembro 2022. Análise dos dados com análise de conteúdo segundo Bardin. Foi feita a codificação temática com auxílio do Atlas ti, versão 22, e depois a categorização em nível superior para enfim produzir a interpretação dos dados.
Resultados e conclusão: Os resultados apontam que as demandas laborais podem interferir no ambiente familiar e alguns participantes da pesquisa eliciaram comportamentos ligados ao conceito do dress code e da delimitação de espaços para sinalizar momentos de trabalho e momentos de não-trabalho.
Implicações da pesquisa: No ambiente familiar, há a necessidade de impor uma separação dos espaços-tempos de trabalho- descanso. Disso decorre a preocupação com o direito à desconexão do teletrabalhador. A concreção desse direito à desconexão não tem uma normatização explícita em rotinas e práticas a serem oficialmente adotadas.
Originalidade/valor: A pesquisa sobre o assessoramento jurídico em teletrabalho compulsório no sentido de identificar a utilização de mecanismos simbólicos e não verbais de sinalização da conexão com o trabalho e a desconexão é de valor social importante para a compreensão do teletrabalho. No sentido da originalidade, não foi encontrada pesquisa sobre dress code e delimitação de espaços para o teletrabalho no setor da advocacia pública.