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Abstract
Integrando-se no contexto da situação de pandemia vivida, no presente trabalho propõe-se levar a efeito uma reflexão sobre a possibilidade de, através da escrita, transpor o corpo para a sessão virtual, criando, assim, um objeto transicional. Visando a consecução deste objetivo, a autora tem em conta a importância do impacto causado pela presença do corpo no setting, em particular a do corpo do(da) analista, que se estende ao espaço do seu consultório. Objeto de análise é ainda a natureza do espaço virtual, bem como o modo como a transição do espaço real para o espaço virtual pode interagir com a perceção que temos do corpo, do espaço e do tempo. Prestando particular atenção aos pacientes que sofreram o abandono numa fase precoce da vida e que viveram a separação do espaço físico do consultório como uma reativação dolorosa de antigos e profundos sentimentos de solidão, a autora sugere que o emergir da escrita no decurso da sessão virtual pode aliviar a intensidade da angústia e vitalizar a comunicação da díade terapêutica, ajudando assim a superar as dificuldades decorrentes da separação física imposta.