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Abstract
Alguns anos após o termo de uma psicoterapia, o autor elabora acerca do papel da identificação projetiva na construção da relação terapêutica com um adolescente cuja história de vida se pautou por eventos traumáticos. Este apresenta uma fobia escolar aquando do pedido de ajuda, o qual é consequente de um internamento hospitalar motivado por um quadro de somatizações agudas sem causa orgânica subjacente; a breve trecho, inicia o consumo de cannabis e os problemas disciplinares assumem uma gravidade crescente. A construção de um espaço intersubjetivo no decurso da psicoterapia possibilitou a emergência da simbolização e da elaboração criativa e a consequente mitigação da confusão self-objetal mortífera, expressa num funcionamento com prevalência do agir, em regressão narcísica — o legado do traumático. A função objetalizante geradora de objetos a partir da atividade pulsional transformada prossegue na rememoração, pelo autor, do processo psicoterapêutico — inscrita num trabalho de significação posterior. A simbolização narrativa desse encontro expandiu-se na invocação de uma constelação de objetos culturais, literários e artísticos e sua articulação com conceitos do pensamento psicanalítico de diversos autores.