{"title":"PERCEPÇÕES DO CONTRIBUTO DA ZONA ECONÔMICA ESPECIAL DE NACALA NA CRIAÇÃO DE EMPREGO PARA AS COMUNIDADES LOCAIS","authors":"Amélia David Machava, Samuel António Quive","doi":"10.17564/2316-3801.2023v10n1p456-478","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Países que criam Zonas Económicas Especiais (ZEEs), em troca, esperam registar aumentos significativos na oferta de emprego para a população local. Entretanto, o objetivo da criação de emprego para os locais pode não ser alcançado, pois as empresas em regime de ZEEs utilizam tecnologias de ponta que exigem uma mão-de-obra qualificada e especializada. Recorrendo à pesquisa mista do tipo sequencial explanatório, o presente estudo visa analisar o contributo de empresas da Zona Económica Especial de Nacala na criação de emprego para as comunidades locais no período de 2009-2020. O estudo revela que a ZEEN não tem registado aumento significado na oferta de emprego para os locais, na medida em que a maior parte dos postos criados não foram ocupados pelos locais, pelo facto das empresas exigirem uma mão-de-obra qualificada e especializada, que é bastante rara entre os membros das comunidades locais. Com base nos resultados, o estudo concluiu que, por um lado, os locais podiam aproveitar as dinâmicas de emprego indireto criadas pela ZEEN, apostando mais na criação de pequenas associações, cooperativas e micro, pequenas e médias empresas, o que seria uma forma de os locais participarem ativa e efetivamente das oportunidades resultantes da implantação da ZEE naquela região. Por outro lado, o Governo devia apostar mais na criação de programas de formação técnico-profissional especializados e certificados para a promoção do capital humano.
 Palavras-chave: Zona Económica Especial de Nacala; Emprego, Comunidades Locais 
 e Moçambique","PeriodicalId":474491,"journal":{"name":"Interfaces Científicas","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Interfaces Científicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17564/2316-3801.2023v10n1p456-478","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Países que criam Zonas Económicas Especiais (ZEEs), em troca, esperam registar aumentos significativos na oferta de emprego para a população local. Entretanto, o objetivo da criação de emprego para os locais pode não ser alcançado, pois as empresas em regime de ZEEs utilizam tecnologias de ponta que exigem uma mão-de-obra qualificada e especializada. Recorrendo à pesquisa mista do tipo sequencial explanatório, o presente estudo visa analisar o contributo de empresas da Zona Económica Especial de Nacala na criação de emprego para as comunidades locais no período de 2009-2020. O estudo revela que a ZEEN não tem registado aumento significado na oferta de emprego para os locais, na medida em que a maior parte dos postos criados não foram ocupados pelos locais, pelo facto das empresas exigirem uma mão-de-obra qualificada e especializada, que é bastante rara entre os membros das comunidades locais. Com base nos resultados, o estudo concluiu que, por um lado, os locais podiam aproveitar as dinâmicas de emprego indireto criadas pela ZEEN, apostando mais na criação de pequenas associações, cooperativas e micro, pequenas e médias empresas, o que seria uma forma de os locais participarem ativa e efetivamente das oportunidades resultantes da implantação da ZEE naquela região. Por outro lado, o Governo devia apostar mais na criação de programas de formação técnico-profissional especializados e certificados para a promoção do capital humano.
Palavras-chave: Zona Económica Especial de Nacala; Emprego, Comunidades Locais
e Moçambique