Gabriel Lopes de Pinho, Lais Duran Luz, Isadora Costa Mendes, Beatriz Duarte Pinto, Ana Paula Vieira Dos santos Esteves
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Abstract
Objetivo: Compreender a resistência bacteriana na supergonorreia e rela-cionar a dificuldade de implantação do tratamento medicamentoso. Fonte de dados: Trata-se de uma revisão sistematizada realizada por meio das bases de dados como Journal of Clinical Microbiology, Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, British Association for Sexual Health and HIV, The New England Journal of Medicine e Febrasgo. Seleção de estudos: Encontraram-se 27.097 artigos acerca da temática, porém apenas 10.043 se relacionavam dire-tamente com o tema abordado. Neste artigo, selecionaram-se os seguintes estudos: Molecular Characterization of Quinolone-Resistant Neisseria gonor-rhoeae Isolates from Brazil; Caracterização fenotípica e molecular de Neisseria gonorrhoeae isoladas no Rio de Janeiro, 2002–2003; Antimicrobial Susceptibility of Neisseria gonorrhoeae Isolates from Patients Attending a Public Referral Center for Sexually Transmitted Diseases in Belo Horizonte, State of Minas Gerais, Brazil; New Treatment Options for Neisseria gonorrhoeae in the Era of Emerging Antimicrobial Resistance. Resultados: A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, tratada com antibióticos, principalmente ceftriaxona. Contudo, a resistência a antibióticos tem aumentado globalmente, tornando o tratamento mais difí-cil e favorecendo a disseminação da bactéria. A supergonorreia é uma forma mais resistente e difícil de tratar com antibióticos comuns, devido à rápida adaptação e produção de enzimas que inativam os antibióticos pela bactéria. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, em 2021, sobre a resistên-cia antimicrobiana da gonorreia, tornando-se uma ameaça crescente à saúde pública global e recomendou programas de vigilância e desenvolvimento de novas terapias para tratamento. Em resumo, é necessário desenvolver novas terapias e monitorar a resistência a antibióticos da N. gonorrhoeae para con-trolar a disseminação da doença. Conclusão: A N. gonorrhoeae é uma bactéria que pode se tornar resistente aos antimicrobianos, o que a torna uma preocu-pação global. É necessário um compromisso político e financeiro para prevenir a doença, desenvolver uma vacina e detectá-la precocemente. O diagnóstico correto é essencial para evitar sequelas irreversíveis, e o desenvolvimento de novas formas de tratamento é urgente, uma vez que a ceftriaxona já não é tão eficaz em alguns casos. A resistência aos antimicrobianos é causada pelo uso irracional de antibióticos, falta de adesão às prescrições e controle de infec-ção inadequado. Os profissionais de saúde têm a responsabilidade de refletir sobre as consequências do uso indevido de antibióticos e a importância de medidas rigorosas para controlar sua distribuição.