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Abstract
O trabalho clínico de acompanhamento de pacientes, vinculados a um Serviço de Hematologia, originou a presente pesquisa. A escuta, enquanto psicóloga residente em uma enfermaria de onco-hematologia, possibilitou o encontro com a singularidade da clínica hematológica, a qual é responsável pelo tratamento de doenças ligadas ao sangue, à medula óssea e ao sistema linfático, muitas vezes invisíveis ao olhar. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar como pacientes diagnosticados com câncer hematológico vivenciam o processo de adoecimento e tratamento oncológico. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, utilizando o método clínico-qualitativo. Os participantes foram oito pacientes adultos, com diagnóstico de câncer hematológico. A coleta de dados foi feita através de entrevistas semidirigidas e de um questionário sociodemográfico. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo, ancorando-se no referencial teórico da obra psicanalítica freudiana. Os resultados destacaram os fatores subjetivos envolvidos na vivência do adoecimento e do tratamento do câncer hematológico, os quais não coincidem e demonstraram a importância do dispositivo analítico que oferece aos sujeitos, que assim desejarem, a possibilidade de falar de seu sofrimento, apostando que o que é devastado pela doença pode ser reconstruído pela palavra.