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Abstract
Neste estudo teórico, retomamos as considerações de Nietzsche sobre a dinâmica do esquecimento no âmbito do exercício da clínica psicológica. Diferentemente de outras concepções em Psicologia, tais como as neuropsicológicas e cognitivo-comportamentais, que adotam o esquecimento como sintoma de doença mental, de alteração nas faculdades cognitivas ou díade antagonista da lembrança, o esquecimento em Nietzsche é pensado também como uma experiência que permite uma rearticulação com a vida: esquecer para poder retomar. Por meio de uma revisão da literatura das obras de Nietzsche, que abordam o tema do esquecimento, faremos uma análise para assim dar visibilidade ao modo como o filósofo compreende o esquecimento na experiência humana. Pelo caminho de pensamento sobre o esquecer anunciado pelo filósofo, aparece uma possibilidade de atuação clínica com bases na fenomenologia e na filosofia da existência, na qual é permitido esquecer para, então, poder retomar a vida livre de débitos e consequentes ressentimentos.