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Abstract
O ato de lesionar a pele encontra-se presente em diversas manifestações culturais. A despeito disso, uma das roupagens da autolesão é acompanhada de sofrimento psíquico e foi apartada das manifestações classificadas como culturais, tendo sido hoje posta na categoria de transtorno mental. A abordagem da psicologia analítica, aliada à experiência clínica, com pessoas que lesionam suas peles, ofereceram meios para reestabelecer a ponte entre imagens da cultura e sofrimento mental, tendo nós como objetivo lançar nova luz sobre o problema a partir de um ponto de vista psicodinâmico. Para isso, a fundamentação teórico-metodológica está pautada na amplificação, concebida por Carl Gustav Jung como processo hermenêutico. Para compreendermos o fenômeno da autolesão, destacamos uma dinâmica específica da energia psíquica, incluindo regressão, represamento, pendulação (modo de compreensão por nós proposto) e imagens do complexo de paraíso perdido, bem como do herói disruptivo, inflação negativa e positiva. Por fim, a imagem da mortificatio alquímica nos serviu de paralelo para a compreensão da autolesão a partir de sua teleologia própria.