{"title":"O ensino da bioética nos cursos de medicina do Brasil","authors":"Willian Lorenson Pacheco, Günter Sauerbier, Erlo Lutz, Cláudia Elisa Grasel, Elcio Luiz Bonamigo","doi":"10.1590/scielopreprints.7273","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O progresso científico, tecnológico e social nas diferentes áreas do conhecimento, notadamente nas ciências biológicas e no cuidado em saúde provoca o surgimento de conflitos morais em medicina e impulsionam a relevância da Bioética no que tange às novas interfaces da relação médico-paciente, suscitando a necessidade de incremento na formação ética durante a graduação de medicina.Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a oferta de conteúdos curriculares que tratam do teor da Bioética nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Medicina do Brasil.Metodologia: Trata-se de estudo documental. Foram analisadas as matrizes curriculares de cada curso, averiguando as informações sobre a oferta de componente curricular ou a presença de conteúdos curriculares com o teor da Bioética na matriz. Quando presente, a carga horária, o ciclo e a modalidade (se associada, isolada, ao longo do curso, em outras disciplinas ou optativa).Resultado: Resultou que a Bioética é ofertada por 61,85% dos cursos, sendo que a maioria a oferece no ciclo básico, associada a outro componente curricular, com média de 53 horas. Os cursos da região sul oferecem o componente curricular em maior porcentagem e com maior número de horas. Conclusão: Conclui-se que o ensino da Bioética, a despeito de sua importância, ainda não é ofertado por todos os cursos do Brasil, contrariando as diretrizes curriculares nacionais do Ministério de Educação e as recomendações da UNESCO.","PeriodicalId":493131,"journal":{"name":"SciELO (SciELO Preprints)","volume":"109 2","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"SciELO (SciELO Preprints)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/scielopreprints.7273","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O progresso científico, tecnológico e social nas diferentes áreas do conhecimento, notadamente nas ciências biológicas e no cuidado em saúde provoca o surgimento de conflitos morais em medicina e impulsionam a relevância da Bioética no que tange às novas interfaces da relação médico-paciente, suscitando a necessidade de incremento na formação ética durante a graduação de medicina.Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a oferta de conteúdos curriculares que tratam do teor da Bioética nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Medicina do Brasil.Metodologia: Trata-se de estudo documental. Foram analisadas as matrizes curriculares de cada curso, averiguando as informações sobre a oferta de componente curricular ou a presença de conteúdos curriculares com o teor da Bioética na matriz. Quando presente, a carga horária, o ciclo e a modalidade (se associada, isolada, ao longo do curso, em outras disciplinas ou optativa).Resultado: Resultou que a Bioética é ofertada por 61,85% dos cursos, sendo que a maioria a oferece no ciclo básico, associada a outro componente curricular, com média de 53 horas. Os cursos da região sul oferecem o componente curricular em maior porcentagem e com maior número de horas. Conclusão: Conclui-se que o ensino da Bioética, a despeito de sua importância, ainda não é ofertado por todos os cursos do Brasil, contrariando as diretrizes curriculares nacionais do Ministério de Educação e as recomendações da UNESCO.