Jéssica do Nascimento Rodrigues, Marcela Tavares de Mello
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Abstract
Esta pesquisa qualitativo-interpretativista focaliza as apreciações valorativas (BAKHTIN, 2011) de estudantes, já professores, de um curso de Pedagogia vinculado ao PARFOR, acerca das dificuldades de vivência nas práticas cotidianas de escrita universitária e do trabalho desenvolvido pelo professor universitário no ensino de gêneros da esfera acadêmica no decurso das disciplinas. Em termos metodológicos, aplicou-se um questionário respondido oralmente em videogravação por três estudantes em 2018. Entendendo que as práticas de escrita são práticas sociais situadas em esferas discursivas não isentas de relações hierárquicas, ideológicas e de poder (STREET, 2014), ancora-se esse debate nos Estudos do Letramento (LEA; STREET, 1998; LILLIS, 1999; STREET, 2010, 2014 etc.), na Filosofia da Linguagem (BAKHTIN, 2011) e em pesquisas que imbricam formação docente e letramento acadêmico (VIANNA et al, 2016; RODRIGUES; RANGEL, 2018 etc.). As apreciações valorativas produzidas refletem-refratam “dimensões escondidas” entre a solicitação e a produção de gêneros acadêmicos, cuja escrita é demandada sistematicamente pelos professores. Embora as apreciações valorativas indiquem a aquisição de mais experiência nessa modalidade, a pressuposição de que os estudantes não só devem conhecer como ainda dominar de antemão tais gêneros é um fator dificultador de vivências significativas de escrita, porque minimiza-se o espaço do ensinar na esfera acadêmica.