{"title":"A MODALIDADE PRÉ-TEÓRICA DA DOAÇÃO DO UMWELT NA PRELEÇÃO DO SEMESTRE EMERGENCIAL, POR MOTIVO DA GUERRA DE 1919, DE MARTIN HEIDEGGER (GA 56/57)","authors":"Jorge Augusto da Silva Santos","doi":"10.15210/dissertatio.v57i.24823","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo examina a ideia da filosofia com base no questionamento sobre a esfera pré-teoréticada vivência do mundo do entorno (Umwelterlebnis) na segunda parte da preleção acadêmica intitulada“A ideia da filosofia e o problema da visão de mundo” de 1919 (GA 56/57, p. 63-76). Após desqualificar,na primeira parte da preleção, a teleologia crítica dos neokantianos da Escola de Baden a partir danecessidade de interrogar o que é dado quando se fala justamente de doação (material ou ideal nessadoutrina), Martin Heidegger privilegia o Umwelt como esfera apreendida com base em uma “ciência préteórica originaria”. Examinando, fenomenologicamente, as vivências da pergunta (Frageerlebnis), dacátedra (Kathedererlebnis) e destacando o caráter de apropriação (Ereignis) de tais vivências (§§ 13, 14,15 do curso em questão), Heidegger preserva o caráter mundanizante ao verbalizar o substantivo Welt(“es weltet”) no exemplo da vivência da cátedra. Assim procedendo, ele rompe com o primado doteorético (isto é, com a relação entre percepção e conhecimento) em favor da dimensão da“significatividade” da qual parte com o objetivo de pleitear nesse período uma ciência não teórica paraentender o ver fenomenológico como um “compreender intuitivamente” ou como uma “intuiçãohermenêutica”.","PeriodicalId":423467,"journal":{"name":"Revista Dissertatio de Filosofia","volume":"38 6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Dissertatio de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/dissertatio.v57i.24823","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo examina a ideia da filosofia com base no questionamento sobre a esfera pré-teoréticada vivência do mundo do entorno (Umwelterlebnis) na segunda parte da preleção acadêmica intitulada“A ideia da filosofia e o problema da visão de mundo” de 1919 (GA 56/57, p. 63-76). Após desqualificar,na primeira parte da preleção, a teleologia crítica dos neokantianos da Escola de Baden a partir danecessidade de interrogar o que é dado quando se fala justamente de doação (material ou ideal nessadoutrina), Martin Heidegger privilegia o Umwelt como esfera apreendida com base em uma “ciência préteórica originaria”. Examinando, fenomenologicamente, as vivências da pergunta (Frageerlebnis), dacátedra (Kathedererlebnis) e destacando o caráter de apropriação (Ereignis) de tais vivências (§§ 13, 14,15 do curso em questão), Heidegger preserva o caráter mundanizante ao verbalizar o substantivo Welt(“es weltet”) no exemplo da vivência da cátedra. Assim procedendo, ele rompe com o primado doteorético (isto é, com a relação entre percepção e conhecimento) em favor da dimensão da“significatividade” da qual parte com o objetivo de pleitear nesse período uma ciência não teórica paraentender o ver fenomenológico como um “compreender intuitivamente” ou como uma “intuiçãohermenêutica”.