Daniela da Silva Camargo, Mirian Siliane Batista de Souza
{"title":"HISTEROCELE INGUINAL EM CADELA COM PIOMETRA- RELATO DE CASO","authors":"Daniela da Silva Camargo, Mirian Siliane Batista de Souza","doi":"10.54265/inrm1059","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"1 INTRODUÇÃO A histerocele inguinal é uma afecção caracterizada pela protrusão do útero pelo canal inguinal sem ruptura do peritônio. Pode ser classificada como, histerocele inguinal, umbilical, diafragmática, podendo estar relacionado a gestação ou piometra sendo pouco frequente na espécie canina. Apresenta como fator predisponente o aumento da pressão intra-abdominal, acompanhado pelo enfraquecimento das estruturas do contorno adjacentes; associado ao desequilíbrio hormonal que enfraquece o tecido conjuntivo, alargando os anéis inguinais. 2 OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de histerocele inguinal associada a piometra em um cão. 3 RELATO DE CASO Descreve um caso de histerocele inguinal em uma cadela com piometra, da raça Blue Heller, 5 anos, pesando 23kg. Animal foi atendido com queixas de apatia, anorexia e êmese. Ao exame físico, o animal apresentava apatia, desidratação 6% distensão abdominal com aumento de volume inguinal esquerdo. Foi realizado exames hematológicos que apresentou leucocitose 18.000 com desvio a esquerda de 5% e bioquímicos sem alterações. Na ultrassonografia abdominal foi evidenciado piometra com grave dilatação uterina comprimindo demais órgãos abdominais; hérnia inguinal esquerda com segmento uterino herniado; alterações renais compatíveis com insuficiência renal aguda. O animal foi então encaminhado para cirurgia. Como medicação préanestésica, foi utilizado a metadona na dose de 0,3mg/Kg, indução com cetamina 0,1mg/Kg e propofol 3mg/kg e manutenção anestésica com isofluorano. Realizado celiotomia mediana, visualizado grande aumento de volume uterino, corno esquerdo encarcerado na hérnia inguinal. Iniciado procedimento pela ovariohisterectomia (OH) no corno uterino direito com transfixação de pedículos ovarianos e coto uterino com fio nailon 2-0. Removido saco herniário e ampliado o anel inguinal para conseguir passar a parte do corno esquerdo que estava encarcerado, ordenhado conteúdo uterino em direção a parte do corno que estava na cavidade abdominal, para permitir a passagem do restante do útero pelo anel. Após finalização da OH, realizado herniorrafia inguinal utilizado nailon 2-0, sutura padrão Sultan na musculatura, subcutâneo com intradérmica, ambos com nailon 2-0 e pele sutura simples separado com fio nailon 3.0. Lavado a cavidade abdominal com solução NaCl 0,9% estéril aquecida. Após, foi realizado a celiorrafia (musculatura padrão Sultan com nailon 0, intradérmico nailon 2-0 e pele nailon 3-0.) 4 DISCUSSÃO Após procedimento cirúrgico animal foi encaminhado para internamento sendo instituído tratamento com fluidoterapia intravenosa com ringer com lactato 5ml/kg/h enrofloxacino 10mg/Kg SID, omeprazol 1mg/Kg SID, ondansetrona 0,5 mg/Kg BID, dipirona 25mg/Kg TID, cloridrato de tramadol 4mg/kg TID, dando continuidade com mesmas medicações em casa. Animal retornou em dez dias para retirada dos pontos e apresentava boa recuperação e ausência de sinais clínicos, recebendo alta médica. 5 CONCLUSÃO Conclui-se que a conduta clinicocirúrgica foi efetiva para recuperação do paciente. Enfatiza que se torna se suma importância ter conhecimento sobre à afecção, mesmo sendo de rara ocorrência, para assim encaminhar para conduta correta e sempre orientar tutores sobre a OH preventiva. PALAVRAS-CHAVE: hérnia inguinal, infecção, útero, cão","PeriodicalId":165648,"journal":{"name":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","volume":"89 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/inrm1059","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
1 INTRODUÇÃO A histerocele inguinal é uma afecção caracterizada pela protrusão do útero pelo canal inguinal sem ruptura do peritônio. Pode ser classificada como, histerocele inguinal, umbilical, diafragmática, podendo estar relacionado a gestação ou piometra sendo pouco frequente na espécie canina. Apresenta como fator predisponente o aumento da pressão intra-abdominal, acompanhado pelo enfraquecimento das estruturas do contorno adjacentes; associado ao desequilíbrio hormonal que enfraquece o tecido conjuntivo, alargando os anéis inguinais. 2 OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de histerocele inguinal associada a piometra em um cão. 3 RELATO DE CASO Descreve um caso de histerocele inguinal em uma cadela com piometra, da raça Blue Heller, 5 anos, pesando 23kg. Animal foi atendido com queixas de apatia, anorexia e êmese. Ao exame físico, o animal apresentava apatia, desidratação 6% distensão abdominal com aumento de volume inguinal esquerdo. Foi realizado exames hematológicos que apresentou leucocitose 18.000 com desvio a esquerda de 5% e bioquímicos sem alterações. Na ultrassonografia abdominal foi evidenciado piometra com grave dilatação uterina comprimindo demais órgãos abdominais; hérnia inguinal esquerda com segmento uterino herniado; alterações renais compatíveis com insuficiência renal aguda. O animal foi então encaminhado para cirurgia. Como medicação préanestésica, foi utilizado a metadona na dose de 0,3mg/Kg, indução com cetamina 0,1mg/Kg e propofol 3mg/kg e manutenção anestésica com isofluorano. Realizado celiotomia mediana, visualizado grande aumento de volume uterino, corno esquerdo encarcerado na hérnia inguinal. Iniciado procedimento pela ovariohisterectomia (OH) no corno uterino direito com transfixação de pedículos ovarianos e coto uterino com fio nailon 2-0. Removido saco herniário e ampliado o anel inguinal para conseguir passar a parte do corno esquerdo que estava encarcerado, ordenhado conteúdo uterino em direção a parte do corno que estava na cavidade abdominal, para permitir a passagem do restante do útero pelo anel. Após finalização da OH, realizado herniorrafia inguinal utilizado nailon 2-0, sutura padrão Sultan na musculatura, subcutâneo com intradérmica, ambos com nailon 2-0 e pele sutura simples separado com fio nailon 3.0. Lavado a cavidade abdominal com solução NaCl 0,9% estéril aquecida. Após, foi realizado a celiorrafia (musculatura padrão Sultan com nailon 0, intradérmico nailon 2-0 e pele nailon 3-0.) 4 DISCUSSÃO Após procedimento cirúrgico animal foi encaminhado para internamento sendo instituído tratamento com fluidoterapia intravenosa com ringer com lactato 5ml/kg/h enrofloxacino 10mg/Kg SID, omeprazol 1mg/Kg SID, ondansetrona 0,5 mg/Kg BID, dipirona 25mg/Kg TID, cloridrato de tramadol 4mg/kg TID, dando continuidade com mesmas medicações em casa. Animal retornou em dez dias para retirada dos pontos e apresentava boa recuperação e ausência de sinais clínicos, recebendo alta médica. 5 CONCLUSÃO Conclui-se que a conduta clinicocirúrgica foi efetiva para recuperação do paciente. Enfatiza que se torna se suma importância ter conhecimento sobre à afecção, mesmo sendo de rara ocorrência, para assim encaminhar para conduta correta e sempre orientar tutores sobre a OH preventiva. PALAVRAS-CHAVE: hérnia inguinal, infecção, útero, cão