Ana Carolina de Andrade Buhatem Medeiros, Valéria Cristina de Souza Cantoni, Gabriella Avezum Mariano da Costa de Angelis, Mariana Sarmet Smiderle Mendes, Maria Aparecida Neves Jardini, Vivian De Biase
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Abstract
O diagnóstico das cardiopatias congênitas engloba várias anormalidades anatômicas do coração e das grandes artérias ainda no período fetal. Os métodos de tratamento modernos são direcionados principalmente para o reparo cirúrgico desses defeitos estruturais. Essas abordagens de tratamento são consideravelmente prolongadoras da vida, mas principalmente não curativas, resultando em resíduos e sequelas cardiovasculares persistentes ao longo da vida como, por exemplo, shunts residuais, lesões valvulares ou implantação de materiais protéticos, causando um risco inerente de endocardite infecciosa nesses pacientes na fase adulta. Assim, a saúde bucal em pacientes com cardiopatia congênita ganha particular importância. Metodologia: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura que envolveu as seguintes etapas: identificação do tema, busca na literatura, seleção dos estudos com base em critérios de inclusão pré-estabelecidos, análise e compilação dos dados e apre-sentação dos resultados. Foram incluídos artigos publicados em inglês e que abordassem tratamento odontológico em adultos com cardiopatia congênita, artigos online e disponíveis na íntegra. Discussão: Vários estudos descrevem cenários que podem levar a um aumento da prevalência de problemas de saúde bucal em pacientes com cardiopatias congênitas, implicando em um efeito sistêmico importante. Implementar ações preventivas relacionadas à prevenção da cárie e doença periodontal e realizar a profilaxia antibiótica adequada são recomendações para abordar o risco elevado de endocardite infecciosa. Conclusão: Como o número de pacientes com cardiopatias congênitas atingindo a idade adulta está aumentando, devido a melhorias nos cuidados médicos e cirúrgicos, medidas simples como uma boa educação sobre higiene oral e profilaxia antibiótica pré-procedimentos odontológicos têm forte impacto positivo na prevenção da endocardite infecciosa nesse grupo de pacientes