Alexandra Domingues, Aline Nunes da Cunha de Medeiros, Iris Cristina Datsch Toebe, Rafaela da Silva Alves
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Abstract
O artigo traz uma discussão acerca do papel dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em um cenário de precariedade imposto a partir do ano de 2017 pela Emenda Constitucional 95/2016. O cenário supressivo surge em um momento de expansão e notoriedade dos Institutos Federais. O trabalho tenciona aspectos sobre a evolução do papel do ensino técnico na educação brasileira, traçando uma linha do tempo desde a criação das instituições federais de ensino técnico até a sua atualidade dentro do cenário educacional brasileiro. A falta de investimentos e a retirada de recursos como elementos que impactam na formação profissional e intelectual promovida pelos institutos federais operam mudanças que afetam diretamente as instituições que, historicamente, detêm reconhecimento pela sociedade por sua excelência. Os Institutos Federais com sua atuação verticalizada tornam-se inovadores no contato direto dos dois níveis educacionais que estão previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LEI 9394/96), básico e superior, e inauguram um espaço acadêmico diverso e ampliado. A partir dessas considerações, os autores do artigo objetivam discorrer sobre a importância da existência dos IFs e da sua preservação em ambientes de periferia nos quais há pouca ou nenhuma visibilidade social. A escolha metodológica se deu a partir da revisão bibliográfica, o que levou os autores a concluírem que investimentos governamentais em tecnologia e educação não são gastos acessórios, mas sim patrimônio para a constituição de um país justo e solidário para todos e que a possibilidade da diminuição dos investimentos nos Institutos Federais contribui para um discurso de inutilidade do acesso das classes menos favorecidas a níveis de ensino elevados e qualificados através do ensino público.