{"title":"Prática Educatica em Letramento e currículo integrado na EPT: Para (além d)a batuta do capital","authors":"Daniella Bezerra, L. Vargas","doi":"10.21166/metapre.v4i.2259","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Pensar o fazer pedagógico que visa à emancipação humana e social, pressupõe a análise de que tipo de formação, por conseguinte que tipo de currículo, será admitido nos sistemas e instituições educacionais, bem como as práticas concretas dos atores da escola. Neste sentido, é fundante entender que o letramento pode se tornar um instrumento benéfico ou temerário para a construção e implementação de um currículo que intenciona à emancipação humana e social, isto porque ele se materializa nas práticas letradas, ou seja, nos usos sociais de leitura e escrita, que podem ser tão variados conforme os contextos em que se inserem. Objetiva-se, neste trabalho, discutir, por meio de uma revisão de literatura e a partir de uma perspectiva materialista histórica, as concepções e finalidades de letramento e de currículo, e como as respectivas práticas educativas podem contribuir para a perpetuação ou superação do sociometabolismo do capital. Os resultados da discussão permitem apontar que: i) o letramento do tipo autônomo; ii) o currículo embasado no taylorismo ou fordismo; iii), e o conjunto da reforma curricular dos últimos cinco anos no Brasil, acenam na direção da ordem hegemônica. Em alternativa, iv) o letramento do tipo ideológico; v) o currículo integrado na perspectiva da omnilateralidade; e, vi) a formação de professores e demais trabalhadores na perspectiva do trabalho enquanto princípio educativo convergem contra essa ordem, pois se comprometem, radicalmente, no sentido marxiano de ir à raiz do homem, com as tarefas e movimento de luta social pela emancipação humana dos imperativos do Capital.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Metodologias e Aprendizado","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21166/metapre.v4i.2259","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Pensar o fazer pedagógico que visa à emancipação humana e social, pressupõe a análise de que tipo de formação, por conseguinte que tipo de currículo, será admitido nos sistemas e instituições educacionais, bem como as práticas concretas dos atores da escola. Neste sentido, é fundante entender que o letramento pode se tornar um instrumento benéfico ou temerário para a construção e implementação de um currículo que intenciona à emancipação humana e social, isto porque ele se materializa nas práticas letradas, ou seja, nos usos sociais de leitura e escrita, que podem ser tão variados conforme os contextos em que se inserem. Objetiva-se, neste trabalho, discutir, por meio de uma revisão de literatura e a partir de uma perspectiva materialista histórica, as concepções e finalidades de letramento e de currículo, e como as respectivas práticas educativas podem contribuir para a perpetuação ou superação do sociometabolismo do capital. Os resultados da discussão permitem apontar que: i) o letramento do tipo autônomo; ii) o currículo embasado no taylorismo ou fordismo; iii), e o conjunto da reforma curricular dos últimos cinco anos no Brasil, acenam na direção da ordem hegemônica. Em alternativa, iv) o letramento do tipo ideológico; v) o currículo integrado na perspectiva da omnilateralidade; e, vi) a formação de professores e demais trabalhadores na perspectiva do trabalho enquanto princípio educativo convergem contra essa ordem, pois se comprometem, radicalmente, no sentido marxiano de ir à raiz do homem, com as tarefas e movimento de luta social pela emancipação humana dos imperativos do Capital.