{"title":"ROSA DE JERICÓ E O ENVELOPE INSTITUCIONAL","authors":"Filipe Cardoso da Silva, Ana Belchior Melícias","doi":"10.51356/rpp.412a6","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Utilizaremos a metáfora da Rosa de Jericó para entrelaçar duas questões que a menina a quem chamaremos Rosa nos apresentou, com invulgar capacidade expressiva e transformativa. De um lado, a capacidade de sobrevivência psíquica (resiliência? competências inatas?) perante um ambiente traumático de violência, abandono, negligência, ruturas e descontinuidades. De outro, a hipótese de que as inúmeras instituições que acolheram este fio de descontinuidade funcionaram como uma pele psíquica (Bick, 1968/1991), um envelope institucional (Houzel, 2010), e como «anjos no quarto do bebé» (Lieberman et al., 2005), que permitiram que Rosa se nutrisse o suficiente para chegar, sem se fraturar psiquicamente, ao acompanhamento psicoterapêutico, também em instituição. Finalmente, foi este que lhe permitiu reintegrar-se progressivamente: voltar ao deserto, atravessá-lo acompanhada, preparar-se para a busca de um terreno-família, onde pudesse finalmente desenvolver-se. Tentaremos ilustrar essa concatenação entre a construção da subjetividade, o papel das instituições de suporte e o trabalho psicoterapêutico em instituição.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Portuguesa de Psicanálise","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51356/rpp.412a6","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Utilizaremos a metáfora da Rosa de Jericó para entrelaçar duas questões que a menina a quem chamaremos Rosa nos apresentou, com invulgar capacidade expressiva e transformativa. De um lado, a capacidade de sobrevivência psíquica (resiliência? competências inatas?) perante um ambiente traumático de violência, abandono, negligência, ruturas e descontinuidades. De outro, a hipótese de que as inúmeras instituições que acolheram este fio de descontinuidade funcionaram como uma pele psíquica (Bick, 1968/1991), um envelope institucional (Houzel, 2010), e como «anjos no quarto do bebé» (Lieberman et al., 2005), que permitiram que Rosa se nutrisse o suficiente para chegar, sem se fraturar psiquicamente, ao acompanhamento psicoterapêutico, também em instituição. Finalmente, foi este que lhe permitiu reintegrar-se progressivamente: voltar ao deserto, atravessá-lo acompanhada, preparar-se para a busca de um terreno-família, onde pudesse finalmente desenvolver-se. Tentaremos ilustrar essa concatenação entre a construção da subjetividade, o papel das instituições de suporte e o trabalho psicoterapêutico em instituição.
我们将用杰里科玫瑰的比喻来交织两个问题,我们称之为玫瑰的女孩以不同寻常的表达和转化能力呈现给我们。一方面,心理生存能力(韧性?在暴力、遗弃、忽视、破裂和不连续性的创伤环境中。的另一个假设的许多机构收留了这个巫师不连续线按照皮肤(比克,1968/1991),一个信封(Houzel制度,2010)在托儿所»,«天使(利伯曼et al ., 2005),这让玫瑰nutrisse足够来就没有骨折特异能力,监控psicoterapêutico也在机构。最后,这让他逐渐重新融入社会:回到沙漠,在同伴的陪同下穿越沙漠,为寻找家庭土地做准备,在那里他最终可以发展自己。我们将试图说明主体性的构建、支持机构的作用和机构中的心理治疗工作之间的联系。