Vitor Ricardo De Souza, Edson Regis Tavares Pessoa Pinho de Vasconcelos, J. Bernardi, Adilma de Lourdes Montenegro Cocentino, J. S. R. Filho
{"title":"VARIAÇÃO ESPACIAL DA COMUNIDADE DE MACROALGAS MARINHAS DE RECIFES DE UMA PRAIA ALTAMENTE URBANIZADA","authors":"Vitor Ricardo De Souza, Edson Regis Tavares Pessoa Pinho de Vasconcelos, J. Bernardi, Adilma de Lourdes Montenegro Cocentino, J. S. R. Filho","doi":"10.51189/rema/2262","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: as macroalgas são organismos fotossintetizantes que desempenham diversos papeis vitais nos ecossistemas costeiros. Por serem sensíveis a variações ambientais, como temperatura e dessecação, diferenças na cobertura podem ser verificadas ao longo dos recifes. Objetivo: comparar a estrutura da comunidade de macroalgas bentônicas entre os andares inferior e médio de recifes de uma praia urbanizada. Materiais e métodos: uma amostragem foi realizada na Praia do Pina, região metropolitana de Recife/PE, em julho de 2021. Para coleta dos dados, foram estabelecidos 9 transectos de 10m de comprimento, os quais cobriram o andar inferior e médio dos recifes. A cada 3m, ao longo dos transectos, foram postos quadrats de 25 x 25 cm, sendo 25 pontos contatos para registrar a ocorrência das algas, conforme a metodologia de Point Intercept. Em campo, os organismos foram identificados até o menor nível taxonômico possível. Os dados de diversidade de Shannon (H’), riqueza de Margalef (d) e equitabilidade de Pielou (J)’ foram obtidos através do software PRIMER 6. Os dados foram verificados quanto a normalidade através do teste de Lavene, em seguida foi empregada uma ANOVA one-way para comparar a diversidade, riqueza e equitabilidade entre os andares, considerando significativo p≤0,05. Resultados: Foram identificados 29 táxons de macroalgas, os quais foram distribuídos em 16 famílias e 21 gêneros. Dentre os grandes grupos, Rhodophyta apresentou maior cobertura nos andares inferior e médio, correspondendo a 68,70% e 66,83%, respectivamente, seguido por Chlorophyta com 32,69% no andar médio e 30,53% no andar inferior. Ochrophyta só esteve presente no andar inferior, contribuindo com 0,51% da cobertura total. Gelidium sp. foi a espécie com maior percentual de cobertura nos andares inferior (18,67%) e médio (24,44%). Diferenças estatísticas significativas entre os andares foram verificadas (p<0,001), sendo observadas diferenças na diversidade (p<0,0001), riqueza (p=0,0002) e equitabilidade (p<0,002). Conclusão: a estrutura da comunidade de macroalgas variou entre os andares médio e inferior dos recifes, entretanto, Rhodophyta permaneceu sendo o grupo com maior cobertura, isto certamente por apresentar espécies altamente tolerantes a estressores ambientais.","PeriodicalId":243153,"journal":{"name":"Anais do I Congresso On-line Brasileiro de Biologia Marinha e Oceanografia","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso On-line Brasileiro de Biologia Marinha e Oceanografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51189/rema/2262","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: as macroalgas são organismos fotossintetizantes que desempenham diversos papeis vitais nos ecossistemas costeiros. Por serem sensíveis a variações ambientais, como temperatura e dessecação, diferenças na cobertura podem ser verificadas ao longo dos recifes. Objetivo: comparar a estrutura da comunidade de macroalgas bentônicas entre os andares inferior e médio de recifes de uma praia urbanizada. Materiais e métodos: uma amostragem foi realizada na Praia do Pina, região metropolitana de Recife/PE, em julho de 2021. Para coleta dos dados, foram estabelecidos 9 transectos de 10m de comprimento, os quais cobriram o andar inferior e médio dos recifes. A cada 3m, ao longo dos transectos, foram postos quadrats de 25 x 25 cm, sendo 25 pontos contatos para registrar a ocorrência das algas, conforme a metodologia de Point Intercept. Em campo, os organismos foram identificados até o menor nível taxonômico possível. Os dados de diversidade de Shannon (H’), riqueza de Margalef (d) e equitabilidade de Pielou (J)’ foram obtidos através do software PRIMER 6. Os dados foram verificados quanto a normalidade através do teste de Lavene, em seguida foi empregada uma ANOVA one-way para comparar a diversidade, riqueza e equitabilidade entre os andares, considerando significativo p≤0,05. Resultados: Foram identificados 29 táxons de macroalgas, os quais foram distribuídos em 16 famílias e 21 gêneros. Dentre os grandes grupos, Rhodophyta apresentou maior cobertura nos andares inferior e médio, correspondendo a 68,70% e 66,83%, respectivamente, seguido por Chlorophyta com 32,69% no andar médio e 30,53% no andar inferior. Ochrophyta só esteve presente no andar inferior, contribuindo com 0,51% da cobertura total. Gelidium sp. foi a espécie com maior percentual de cobertura nos andares inferior (18,67%) e médio (24,44%). Diferenças estatísticas significativas entre os andares foram verificadas (p<0,001), sendo observadas diferenças na diversidade (p<0,0001), riqueza (p=0,0002) e equitabilidade (p<0,002). Conclusão: a estrutura da comunidade de macroalgas variou entre os andares médio e inferior dos recifes, entretanto, Rhodophyta permaneceu sendo o grupo com maior cobertura, isto certamente por apresentar espécies altamente tolerantes a estressores ambientais.