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Abstract
A tradição filosófica afirma que a crítica da razão teórica de Immanuel Kant é uma tentativa de fundamentação epistemológica. O modelo é baseado na relação entre sujeito e objeto e visa determinar os limites do conhecimento possível. Isso decorreria da negação kantiana à inteligibilidade metafísica pura. Parecer haver, contudo, uma passagem no próprio texto kantiano que aponta para a possibilidade da fundamentação de uma ontologia com base na objetualidade dos objetos. Tal ontologia, porém, não teria em vista o nomear de objetos puros, ou puros inteligíveis. Intenta-se, então, debater a possibilidade de uma ontologia transcendental que tem por base a objetualidade dos objetos empíricos, o que aponta para a interpretação heideggeriana do pensamento kantiano. Com isso, esse artigo espera contribuir ao tema em torno da possibilidade de uma ontologia kantiana com vistas à objetualidade dos objetos.