M. Carvalho, Cassio Pereira, D. Paula, Jorn Seemann
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Abstract
Trabalhar a Educação Cartográfica no contexto do ensino básico tem sido deveras desafiador. Em um mundo permeado pelas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC's), um dos grandes obstáculos a efetivação da aprendizagem em Cartografia pode ser encontrado em dar significado ao conteúdo e, consequentemente, capturar a atenção dos estudantes de modo a construir saberes e fazeres para sua prática cotidiana. É evidente que a sociedade, mesmo mergulhada em mapas e mapeamentos, pouco sabe e interage, porque este saber tem um grau de ‘cientificidade’, tendo pouca utilidade e significância na Geografia cotidiana. No bojo dessa peleja, velhos conhecidos surgem como novas ferramentas para o desenvolvimento de um ensino com maior eficácia e significância, como as práticas escolares de mapeamento colaborativo. Cabe salientar que, evocando a literatura sobre o ensino, temos na pesquisa dentro da educação básica uma centelha para a instigação da curiosidade dos alunos, o que permite o avanço para o próximo passo. A inserção do conhecimento cartográfico diversificado (aqui representado pelo mapeamento colaborativo feito a partir de mapeamentos efêmeros e/ou uso do geoprocessamento), a fim de saciar a sede de conhecimento dos estudantes e a fome de aprendizagem do docente (e porque não dizer também, das instâncias superiores de gestão educacional), tem permitido inserir mapas e processos de mapeamentos para debruçar-se sobre os processos sociais e territoriais. Partindo dessa conjectura, surgem os seguintes questionamentos: qual o papel das práticas escolares dos mapeamentos colaborativos para a transformação dos saberes cartográficos científicos em saberes cartográficos práticos e cotidianos? Pode-se proporcionar uma consciência cartográfica a partir das práticas escolares dos mapeamentos colaborativos? Para ilustrar a proposta aqui ensejada faremos uso de um conjunto de trabalhos realizados no interior cearense, mais precisamente em municípios da região do Cariri. Para além de ilustrar propõe-se uma discussão e avaliação acerca das práticas à luz das teorias cartográficas e do ensino de modo a deixar claro que não há de fato uma panaceia capaz de sanar todas as problemáticas do processo educativo da Cartografia. Todavia, há meios para construir saberes e fazeres que oportunize a prática de mapear para desvendar as tramas da(s) geografia(s) do(s) fenômenos que ocorrem no cotidiano, tornando-a mais prazerosa, eficaz e significativa.