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Abstract
A poética de Elizandra Souza traz uma preocupação estética, literária e política com a subalternização das mulheres periféricas, relegadas pelo cânone literário nacional e marginalizadas tato pela questão de gênero quanto pelo viés geográfico-econômico e, na maioria das vezes, pelo viés racial. Importante expoente da literatura marginal-periférica, a autora tem como prática literária a busca constante pela desconstrução da representação feminina tradicional e eurocêntrica, a problematização de mitos e tabus, além de denunciar a violência e o estigma imputados às mulheres periféricas. Ao romper com agentes mediadores do processo de produção editorial, revela uma autorrepresentação que vem de dentro da periferia. O objetivo deste artigo é analisar as questões de gênero que perpassam os poemas utilizados como recorte deste estudo, contidos nos livros Punga (2007) e Águas da Cabaça (2012), e verificar como a linguagem literária é utilizada para evidenciar o corpo como espaço simbólico de luta e resistência. Para tal, serão utilizadas as perspectivas teóricas de autoras como Sueli Carneiro (2003), Bell Hooks (2014), Guacira Lopes Louro (2010), Elaine Showalter (1993), Lucia Teninna (2015) e Naomi Wolf (1992).